Bloco de Esquerda pede “imediata exoneração de Nuno Cardoso”

João Matos, vogal do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Espinho (foto: Sara Ferreira/arquivo)

O Bloco de Esquerda (BE), através de um comunicado que fez chegar à Defesa de Espinho, pede “a imediata exoneração de Nuno Cardoso”, chefe do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP) da Câmara Municipal de Espinho.

Na nota de imprensa, o BE alega que, por se tratar de “um cargo de nomeação e confiança políticas”, é “imprescindível a imediata exoneração de Nuno Cardoso, cuja atuação e comportamento têm sido de alguém que age à revelia dos eleitos políticos e que, em nome do Município, se presta a práticas promíscuas e nefastas para um órgão de poder que urge ser reabilitado nos planos ético e político”.

Para o BE esta situação “é reveladora do desnorte e da incompetência do Executivo PS, que, não estando preparado para o exercício do poder, tropeça em sucessivos erros de gestão da Câmara Municipal, tomando-se decisões importantes sem rigor, na mais das vezes lesivas para o povo, e sem qualquer planeamento ou sustentação técnica e política”.

No documento, os bloquistas referem-se à reunião da Assembleia Municipal de ontem [7 de março] e ao momento em que o presidente da direção do SC Espinho, Bernardo Gomes de Almeida, usando o tempo destinado à intervenção do público, “fez saber que à direção do clube, em reunião com a atual presidente da Câmara Municipal de Espinho, Maria Manuel Cruz, havia sido garantida a continuidade da obra de construção do estádio municipal de Espinho” e que “horas mais tarde, num restaurante da cidade, em almoço com os dirigentes do clube, Nuno Cardoso, chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal de Espinho (nomeado por Miguel Reis e reconduzido no cargo por Maria Manuel Cruz), revelou que a obra de construção do estádio de futebol se encontra parada, mantendo-se a presença de dois ou três funcionários a disfarçar, já que, haveria um problema insolúvel de dotação orçamental, sendo que até poderá ser necessário um novo concurso público com um novo orçamento, para a conclusão do estádio municipal”.

O BE refere que “hoje mesmo, quarta-feira, Maria Manuel Cruz, em declaração à imprensa, deu nota de uma ‘potencial desconformidade’ no processo de contratação pública relativo ao estádio de futebol, pelo que decidiu requerer uma auditoria técnica e financeira à construção da obra”. Neste sentido, aquele partido “manifesta-se absolutamente favorável à concretização desse procedimento, para que haja lugar ao cabal esclarecimento de eventuais inconformidades legais relacionadas com a obra do estádio, e ainda que tal implique uma suspensão prolongada da construção”.