Fundada em 14 de maio de 1926, o núcleo de Espinho da Liga dos Combatentes, continua a prosseguir o trabalho em prol do bem-estar daqueles que prestaram serviços a Portugal no campo de combate.

As cerimónias referentes à comemoração dos 98 anos tiveram lugar no pretérito dia 14, no Largo dos Combatentes. Os pontos altos do programa das solenidades foram o hastear de bandeiras, a concentração de entidades civis e militares onde foram homenageados os soldados mortos em combate e a imposição de medalhas e entrega de testemunhos de apreço.

O núcleo, que conta com cerca de 300 associados, tem como objetivo responder às necessidades sentidas pelos ex-combatentes, mesmo aqueles que não são membros. Segundo o atual presidente da direção, o sargento – chefe na reserva, Jaime Silva, os apoios a questões de ordem burocrática com o requerimento do suplemento especial de pensão ou do cartão de antigo combatente, são uma mais valia. “Por vezes, são as viúvas que solicitam assistência para a resolução dos mais variados assuntos, o que dada a idade avançada de muitas delas, se revela de grande importância”, destaca. As questões de ordem médica são outra das preocupações, nomeadamente na área da saúde mental. O Centro de Apoio Médico Social e Psicológico situado no Porto tem neste momento 12 sócios a serem tratados. Em caso de necessidade, também há lugar a apoios de índole financeira.

Uma das propostas da Liga é a possibilidade dos antigos combatentes poderem usufruir dos serviços dos hospitais militares ou a correção de situações como aquela em que quem prestou serviço militar em São Tomé e Príncipe, não lhe é reconhecido o estatuto de combatente. “O acesso a um cartão com valências superiores às do Andante, que tivesse abrangência nacional, seria também um apoio interessante, no que concerne à mobilidade”, destaca o responsável.