Guetim: Parque feito pela população foi vandalizado e destruído

Um espaço de lazer que era acarinhado pelos guetinenses ficou completamente destruído por inqualificáveis atos de vandalismo (foto: Defesa de Espinho)

O parque, construído e decorado por guetinenses, no caminho da Pedra do Gato, foi completamente vandalizado. Até uma imagem religiosa desapareceu e o altar foi destruído. Moradores estão indignadas e revoltados com a situação.

António Gomes da Silva foi um dos obreiros do espaço já conhecido pelos guetinenses, caminhantes e dos ciclistas de BTT que por ali passavam, sobretudo ao fim de semana. Um parque, no meio de árvores, num entroncamento de caminhos, junto à ponte da ribeira do Mocho, no percurso que leva à Pedra do Gato.

“Em Guetim já havia um parque muito grande e conhecido, o da Picadela”, conta o guetinense António Gomes da Silva. “Tinha mesas e bancos em cimento e era um lugar muito agradável, tanto para os guetinenses como para quem nos visitava aos fins de semana e feriados”, acrescenta. “Porém, ficou degradado com o passar dos anos e o equipamento velho foi retirado, e não colocaram equipamentos novos. Nunca mais se fez lá nada e ficou ao abandono. Era um parque muito bom, como não havia no concelho, cheio de árvores e à beira do rio”, recorda o guetinense.

António Gomes da Silva e um grupo de moradores, conhecendo o caminho para a Pedra do Gato e o local junto à ponte da ribeira, ao fundo da Quinta da Gata, decidiram fazer, com materiais ecológicos, um novo parque com sombra, bancos, mesas e um altar onde foi colocada uma imagem religiosa.

“Fizemos algo para substituir a Picadela, mas com uma dimensão naturalmente diferente. Aproveitámos um espaço num terreno no cruzamento dos caminhos, junto à ponte sobre a ribeira, próximo da Pedra do Gato, para fazer um local para lazer e convívio, com mesas em madeira e baloiços”, recorda o cidadão. “Enfeitámos o espaço, colocámos bandeiras de Portugal e, aos fins de semana e feriados, íamos para lá para conviver e até levávamos música”, lembra. O carinho e a dedicação à obra levaram a que a população colocasse uma imagem religiosa, como um sinal de profunda devoção e admiração. Numa das árvores foi construído um altar em madeira.

Artigo completo na edição de 6 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.