O congestionamento à saída da autoestrada A29 para Espinho, no sentido Norte-Sul, além do constrangimento na circulação e do tempo de espera, tem provocado alguns acidentes. Trata-se de uma situação do conhecimento quer da concessionária (Ascendi), quer do próprio Município de Espinho. Ainda não há solução, apenas algumas ideias por parte das entidades responsáveis. No entanto, Manuel Fortes, coordenador de estudos e projetos de tráfego e rodoviários da empresa Engimind, aponta como solução a criação de um bypass – uma ligação por uma outra via, paralela, à rotunda, com saída direta em direção a Espinho.

É um problema crónico e que diariamente atormenta os espinhenses que regressam a casa. A saída da A29 em direção a Espinho, nas horas de ponta, formam elevadas filas de trânsito. O perigo de veículos parados já se transformou algumas vezes em realidade com acidentes e batidas entre veículos. A Defesa de Espinho teve a oportunidade de falar com as entidades responsáveis e que admitem soluções no futuro. Manuel Fortes, especialista na área de estudos e projetos de tráfego, acrescenta uma ideia que, rapidamente, poderá ser transformada num projeto final.
A solução apontada pelo especialista em tráfego contraria a alternativa pensada, pela concessionária da A29, a Ascendi, que prevê como uma das possíveis hipóteses para a resolução do problema, “passar por atuar ao nível da gestão de tráfego na própria rotunda (por exemplo através da instalação de um sistema de semáforos)”. Uma ideia que a concessionária poderá “propor junto da Câmara Municipal de Espinho, já que a citada rotunda se situa fora da área concessionada”.
Porém, o especialista Manuel Fortes, contactado pela Defesa de Espinho, contraria a solução afirmando que “não se poderá colocar um semáforo no meio da rotunda” porque isso só faria sentido de houvesse a necessidade de “garantir travessias pedonais, em segurança, o que é algo que não está em questão. Portanto, colocar ali um semáforo seria pior a emenda que o soneto”, afirma o engenheiro.
Segundo Manuel Fortes, “antes de qualquer intervenção, seriam necessários estudos de engenharia e tráfego que preveem, numa primeira fase, contagens de tráfego nas horas de ponta durante a manhã e ao fim da tarde”.
O especialista considera que o maior problema na formação de uma fila na A29 será mesmo ao final da tarde. “Pelo que conheço da zona, porque já tive algumas intervenções perto, a maioria das pessoas que descem o ramo da rotunda, vão virar, à direita, para Espinho. Por isso, na minha perspetiva, seria necessário completar ali, um bypass lateral – uma via lateral à rotunda, fora da via da própria rotunda, para quem não pretender ali entrar para outros destinos e quiser ir para Espinho. Desta forma, o condutor poderá circular nesse tal percurso lateral, sem oposição”.
Para Manuel Fortes, “a via que sai para o lado de Espinho, em direção ao centro, tem uma faixa adicional que dá, perfeitamente, para ali colocar o prolongamento do bypass e encaixa-lo na via. Acredito que esta solução iria fazer com que a situação melhorasse bastante porque as pessoas deixariam de ficar em fila na autoestrada”, sustenta o perito.
Artigo completo na edição de 11 de maio de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.