Associação espinhense acolhe animais de rua, mas o panorama financeiro atual está a fazer com que as famílias deixem de ter condições para cuidar dos animais de estimação.
A situação económica atual de muitas famílias está a atingir também os animais de estimação. Segundo Ana Paula Castro, uma das responsáveis pela Patinhas sem Lar, todos os dias chegam pedidos de ajuda à associação espinhense, tornando ainda mais difícil uma tarefa que já era complicada de gerir.
“Agora não se trata apenas de animais de rua. Há muitas pessoas que não estão com capacidades financeiras para alimentar os seus animais e pedem-nos ajuda para várias coisas como rações e tratamentos. Temos também pedidos de ajuda de pessoas que alimentavam colónias e nós estamos a dar ração e a castrar todos esses animais. As pessoas não têm dinheiro, estão desempregadas e algumas dizem que não têm possibilidades para tratar da família, quanto mais dos animais. Estamos a tentar aguentar o barco, mas honestamente não sei até quando”, afirma Ana Paula, explicando que a situação atual da associação é “muito complicada”.
“Aquilo que os cidadãos exigem, e muito bem, é ver os animais recolhidos e tratados, mas tudo isso envolve gastos”, explica a responsável, não escondendo que a Patinhas sem Lar enfrenta um valor de dívida elevado. “É uma das coisas em que batalho muito porque nós damos o nosso trabalho de forma voluntária, mas ainda temos que conseguir as verbas para pagar as contas, quando isso devia ser assegurado de outra forma”, afirma Ana Paula Castro, referindo que a situação de Espinho nem é a pior, comparativamente com outros Municípios.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 1 de junho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€
