Ferreira de Sá passou de espanhóis para espanhóis

Foto: Defesa de Espinho/Arquivo

A histórica empresa de tapeçarias silvaldense, Ferreira de Sá Rugs, foi vendida, recentemente, à espanhola Artá Capital por 70 milhões de euros. A espanhola Sherpa Capital, que em tempo de pandemia havia adquirido as tapeçarias à família Ferreira de Sá, que a detinha há cerca de seis décadas, vendeu-a à sua congénere de Madrid.

A empresa com 77 anos, fundada em 1946, esteve nas mãos da família Ferreira de Sá durante 63 anos. Em 2006 foi vendida pela Sherpa Capital à espanhola Artá Capital, num negócio onde entrou a financeira Arcano e que, segundo o Jornal de Negócios, terá rendido cerca de 70 milhões de euros.

A nova proprietária da Ferreira de Sá Rugs, de acordo com o Jornal de Negócios, tem em perspetiva “alcançar uma faturação anual de 50 milhões de euros em 2025” e apresenta como objetivo “reforçar o plano de crescimento internacional da empresa portuguesa, sobretudo na Europa, Estados Unidos e Médio Oriente”.

Em 2022, de acordo com declarações do CEO da empresa, Calixto Valenti, àquele jornal, a Ferreira de Sá registou durante o ano passado “uma faturação de 25 milhões de euros, dos quais 80% na exportação para países como França, Espanha e Inglaterra e Alemanha, entre outros”.

As unidades de produção de Espinho, de Cortegaça e a de Santa Maria da Feira empregam cerca de três centenas de colaboradores e, pelo que foi possível apurar, os números devem pelo menos manter-se.

A família Ferreira de Sá deteve a empresa sediada em Silvalde ao longo de mais de seis décadas. Maria Carlinda entregou a gestão da Ferreira de Sá em 2006 aos seus filhos, Fernanda Barbosa (CEO), Maria Cristina (diretora de produção), Joaquim Carlos (diretor financeiro) e Nuno Barbosa (marketing e imagem).

Artigo completo na edição de 29 de junho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.