A ABADÁ - Capoeira é uma associação de capoeira com praticantes de várias partes do mundo. (Foto: Pedro Sousa e Rui Mendes)

A arte marcial brasileira é praticada por Luís Cruz há quase três décadas, que leciona uma formação complementar na Giselle Academia de Dança (GAD). Um dos principais desafios para o espinhense passa por alterar a perceção de que a capoeira é uma dança.

A Giselle Academia de Dança iniciou, há cerca de um ano, um projeto ligado à capoeira. Não sendo algo desconhecido do público, convém lembrar que é uma arte marcial, criada no Brasil, pelos escravos africanos, que a desenvolveram através da mistura de várias lutas africanas. Dizem os relatos mais antigos que a capoeira era uma forma de luta para conseguirem fugir da escravidão.

A música só chegou à modalidades anos mais tarde, quando a arte marcial se tornou ilegal. Era uma forma de alertar os praticantes, através do toque de um instrumento, o berimbau, de que a polícia estava por perto e que teriam de simular uma dança para passar despercebidos.

Quem resume as origens da capoeira foi Luís Cruz, praticante há 28 anos e professor na GAD, que atribui a criação da ideia, preconcebida, de que a capoeira é uma dança a essas simulações.

No entanto, o professor revela que não só não é uma dança, como apresenta valor em várias vertentes. “Interessei-me pela capoeira pela sua versatilidade, é uma arte marcial muito completa. Através dela fala-se português em qualquer parte do mundo e é a única arte marcial em que essa é a língua oficial”, indica.

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