Anta: Multibanco no centro da freguesia ainda não funciona

Fotografia: Defesa de Espinho

A caixa de Multibanco no largo do Souto, em Anta, que foi vandalizada em 12 de maio passado, continua inoperacional. Uma placa em madeira e fitas colocadas pela Polícia continua a encobrir o local do Multibanco. A Junta de Freguesia avança estar em conversações com a entidade bancária, mas a sugestão de um pagamento de uma renda é um entrave.

A CAIXA de Multibanco no largo do Souto, no edifício da Junta da União das Freguesias de Anta e Guetim, continua a ser um anseio da população antense há cerca de cinco meses. Não há sinais de mudanças e a população está desejosa por voltar a ter, ali, num local acessível, o equipamento para levantar dinheiro. O local mais próximo é a estação de serviço da BP, na rua 19.

Os transtornos causados são imensos, quer aos antenses, quer aos próprios comerciantes que se queixam da inércia para resolver o problema. A caixa de Multibanco estar fora de serviço continua a ser “um inconveniente” e que tem vindo a causar “vários prejuízos”.

“Os efeitos da falta de um Multibanco são imensos, sobretudo porque as pessoas não podem levantar dinheiro para comprar os produtos que vendemos”, diz Susana Amorim, proprietária da loja de animais Tagarelas, situada no largo do Souto de Anta. “Na minha loja não tenho terminal de Multibanco, porque isso tem custos e teria de acrescentar no preço de venda dos produtos tornando-os mais caros”, explica a comerciante. “Como tenho um negócio pequeno, ter aqui um terminal teria custos significativos ao final do ano para a empresa. Por isso, a situação é muito grave”, acrescenta.

Susana Amorim tem de se deslocar ao centro de Espinho para fazer os seus pagamentos. Mas o problema está naquelas pessoas que vão ao largo do Souto à procura da caixa para levantar dinheiro. “Os clientes mais novos têm a possibilidade de fazer pagamentos por MBWay e os mais velhos apenas andam com dinheiro. O problema está nos clientes que só usam o cartão de Multibanco para efetuar pagamentos”, explica a comerciante, acrescentando que “têm de procurar um local próximo para levantar dinheiro ou então, sabendo da situação, já trazem dinheiro consigo”.

Ainda assim, Susana está tranquila porque não tem perdido clientes. Apenas deixa de efetuar a venda naquele momento, mas verifica “o esforço que têm de fazer para encontrar um local para levantar dinheiro e voltarem aqui para pagar as compras”.

Artigo completo na edição de 19 de outubro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.