Tai Chi: Trabalhar o corpo em todas as dimensões

Fotografia: Sara Ferreira

A escola de artes marciais chinesas Xiao Long está em Espinho há 12 anos e é dirigida por Ângela Santos e Darlene Oliveira. O Tai Chi é uma das modalidades praticadas, assim como o Chi Kung (Qigong), ligado à medicina tradicional chinesa. Para as crianças existe também a modalidade Kung Fu Kids, lecionada aos sábados.

Licenciada em Filosofia, Ângela Santos era professora e trabalhou, também, na área empresarial. No entanto, confessa que sempre acompanhou as “práticas alternativas” ao longo da sua vida, tendo praticado Karaté, Yoga entre outras modalidades. O Tai Chi surge na sua vida em 1998 com o mestre Luís Rodrigues onde se dedicou intensamente à modalidade. “Estudei-a, pratiquei e fiz a formação tendo obtido a respetiva certificação de treinadora pelo IPDJ. Quando senti que tinha capacidade para ensinar, dediquei-me ao Tai Chi”, conta a responsável pela escola de Espinho.

“O Tai Chi não é um desporto coletivo, mas temos alunos que se mantiveram connosco ao longo dos anos”, diz a responsável, acrescentando que a escola tem cerca de 25 alunos. “Não podemos ter mais devido ao espaço exíguo que dispomos”, ressalva.

“O Tai Chi é uma arte marcial que ao longo do tempo foi-se desenvolvendo à medida que se foi descobrindo as suas aplicações terapêuticas e meditativas. Se trabalhamos energeticamente, no Tai Chi, trabalhamos o corpo em todas as dimensões”, explica Ângela Santos, acrescentando que na modalidade é “dado muito valor à parte do desenvolvimento espiritual e ao foco na meditação”.

“Se numa atividade estivermos focados e dedicados estamos a fazer meditação”, prossegue a treinadora considerando que ao fazerem uma atividade, “passam duas horas sem que demos conta disso”.

De acordo com Ângela Santos, no Tai Chi “é dado muito valor à virtude no sentido do princípio de ética”. Por isso, “quando praticamos Tai Chi falamos da filosofia em que ele assenta e da sua explicação e compreensão do mundo (natural e ético)”, explica.

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