A Associação Académica de Espinho assinalou hoje [28 de janeiro] o seu 86.º aniversário, tendo a inauguração das obras da primeira fase do pavilhão Arquiteto Jerónimo Reis, o desfecho da primeira parte do seu programa que terminará a 16 de fevereiro com o jantar de aniversário. Os academistas deram nota do “impasse” que vive o clube relativamente ao projeto de ampliação do pavilhão e apelaram à celeridade de uma decisão do Município de Espinho.
Na cerimónia que decorreu ao final da manhã no renovado pavilhão, o presidente da direção dos academistas afirmou tratar-se de “um momento muito importante para o clube, de muita alegria, mas também de impasse”.
“Não conseguimos requalificar o pavilhão do voleibol e da ginástica porque precisamos subir a altura do teto e ainda não temos autorização e como não temos os terrenos do parque de campismo não conseguimos fazer a ampliação do pavilhão”, explicou o presidente.
“Se tivéssemos hoje a autorização para requalificar a parte poente e para ampliarmos a nascente, as obras teriam início amanhã”, garantiu o dirigente do clube do Mocho, acrescentando que têm tudo “contratualizado com o empreiteiro”.
De acordo com o dirigente academista, “o pavilhão estava a dar as últimas e, por isso, foi necessário tomarem-se algumas medidas”, nomeadamente “a requalificação do pavilhão e a sua ampliação a nascente”.
Desta forma, segundo José Lacerda, “seria possível ter aqui os cerca de 700 atletas que estão deslocados em setembro deste ano”, afirmou deixando um agradecimento ao Município de Espinho por ter dado a possibilidade de estes atletas continuarem a praticar as respetivas modalidades na Nave Desportiva.
José Lacerda lembrou que “o projeto foi entregue na Câmara Municipal há cinco anos” e que “até à data não tivemos uma resposta formal, nem a aprovar, nem a reprovar”.
“Continuamos a aguardar a aprovação deste projeto, assim como a receção de uma pequena parte de um terreno que foi aprovado no executivo e na Assembleia Municipal, há cerca de dois anos, para que seja possível fazermos a ampliação do pavilhão”, salientou.
Neste sentido, o presidente da Académica de Espinho garante que, por parte do clube, “foi feito tudo o que era possível”.
O presidente dos academistas lembrou as reuniões que o clube tem tido com a Câmara e fez questão de reconhecer “o empenho do executivo em tentar resolver o problema”, mas apelou à “agilidade e rapidez”. “Trata-se de uma obra de um clube com 86 anos, 1500 sócios e cerca de 1000 atletas e que serve o concelho de Espinho”, salientou, exigindo “uma resposta mais rápida para que se possam começar as fases que nos faltam no projeto desta obra”.
Por sua vez, o vice-presidente da Câmara Municipal de Espinho, Luís Canelas salientou o diálogo que a autarquia tem tido com o clube. “Trata-se de um problema que vem de há muito tempo e, por isso, não é de fácil resolução”, disse o autarca espinhense.
“Estamos cá para ajudar e colaborar com o clube e com todos os clubes do concelho de Espinho”, concluiu Luís Canelas.