Miguel Silva e Ana Neto representaram as rusgas de Espinho

Foi (quase) sempre debaixo dos pregões típicos de Espinho que se viveu o primeiro dia da edição deste ano da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Mais uma vez, Espinho marca presença e, até ao próximo domingo, 3 de março, estarão em destaque as características identitárias e eventos que são motivo de atração para a cidade.

A arte xávega, uma das marcas mais fortes de Espinho, foi o grande destaque logo no primeiro dia com a presença das rusgas O Mar é Nosso e Raça Vareira. Ana Neto e Miguel Silva, os representantes de cada associação, vestiram literalmente a camisola e desfilaram, com orgulho, pelos três pavilhões do evento, apregoando a sardinha de Espinho e o bem receber dos espinhenses.

Da pesca para a mesa basta apenas um pequeno pulo. E quando se fala em gastronomia e em mar, é impossível desassociar o peixe, mais concretamente o camarão de Espinho. Apesar de ser um dos principais protagonistas, não ficou sozinho no primeiro dia da BTL. Emídio Concha de Almeida, chefe espinhense, apresentou algumas das iguarias mais famosas por cá e, como é óbvio, não faltou a típica sardinha ou o carapau, mas houve também tempo para a açorda de cavala, a tarte de mexilhão ou o ceviche de robalo. No entanto, a grande novidade parece ter chegado à hora da sobremesa com Emídio Concha a surpreender com o doce És Pino, uma homenagem à lenda que dá o nome a Espinho.

Mas como em Espinho o artesanato também é rei, Herculano Alves e Ana Reis trabalharam ao vivo e mostraram o que de melhor se faz a Norte. Os típicos barcos espinhenses e a cerâmica não deixaram de surpreender e encantaram os mais curiosos da BTL.

Já no final do dia, Maria Manuel Cruz, presidente da Câmara Municipal apresentou a nova marca identitária Espinho e o novo logotipo, explicando que se trata de “uma marca que pretende virar a página do Município, a nível de apresentação e a nível do turismo”, tornando “a marca mais jovem e mais atrativa”. Segundo a presidente, Espinho precisa também de “um turismo mais jovem”, daí a aposta ter sido feita no sentido de “fundir a terra com o mar e, por isso, surgiu uma marca que é o encontro perfeito entre a terra e o mar”, explicou.

Recorde-se que a Bolsa de Turismo de Lisboa é a principal feira dedicada ao setor do turismo em Portugal e realiza-se até 3 de março, no Parque das Nações.