Diana Ferreira, de 38 anos, é investigadora e divide o tempo entre Guimarães, Espinho e Nogueira da Regedoura, de onde é natural. A trabalhar no Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, lidera uma equipa de investigação e está focada em construir uma indústria têxtil mais sustentável.
Encontra-se a trabalhar no Pacto da Bioeconomia Azul. Em que consiste o projeto?
Temos vários projetos relacionados com o aproveitamento de resíduos e a procura de novas fontes naturais para a produção de novos materiais, neste caso fibras para a construção e desenvolvimento de novas estruturais têxteis. Temos várias fontes naturais e uma delas é o mar, onde podemos ir buscar as algas e até as redes de pesca que não são utilizadas. O objetivo é produzir novas fibras que depois vão ser aplicadas nas mais variadas áreas.
O ambiente está sempre em primeiro plano?
Sempre. Temos um foco muito grande na sustentabilidade dos processos e dos materiais. Ou seja, tudo o que nós usamos, mas também como o fazemos, é com o objetivo de respeitar a economia circular que falamos hoje em dia.
Quando começou a desenvolver o projeto?
Neste momento, estou inserida em cinco projetos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). No caso do Pacto da Bioeconomia Azul, a Universidade do Minho é um parceiro. Cada consórcio tem cerca de 70 empresas ou 100 empresas e instituições, por isso, estamos a falar de projetos onde existem mais de 100 parceiros. Cada um tem as suas atividades, mas é suposto alavancar a investigação, o emprego e a indústria em Portugal. Estamos em cinco projetos que começaram em 2022 e vão até final de 2025.
Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 11 de abril de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€