O ReCaFe, projeto que prometia trazer uma dinâmica nova ao centro da cidade, continua com uma imagem cinzenta. Ou melhor, acastanhada devido às zonas com arrelvamento queimado e percursos pedonais em terra. A obra já está sob a responsabilidade do Município de Espinho e ainda há muito para se fazer. Os equipamentos infantis estão inoperantes e danificados e não deverão ser reparados.
O Município de Espinho já assumiu toda a obra do ReCaFe, nomeadamente, os passeios, rua, jardins e os equipamentos infantis. A Câmara considera-a “recebida desde o momento em que se verifica a sua utilização efetiva” e, por isso, a obra “deve considerar-se totalmente rececionada”. No entanto, os cuidados têm sido muito poucos, sobretudo com os jardins que se encontram com a relva seca e por aparar. O espaço, que deveria ser o espelho da zona nobre de Espinho, está sujo e não é limpo regularmente.
Tal como há um ano a esta parte noticiámos, nos jardins, o sistema automático de rega não funciona. Continuam em terra os locais por onde os peões atravessam, sem que seja encontrada uma solução.
Curiosamente, quando a autarquia foi questionada na semana passada, a 10 de abril, pela Defesa de Espinho, começaram alguns trabalhos de intervenção nos jardins. A Câmara Municipal respondeu através do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), referindo que o Município “tem, neste momento, em preparação um plano de intervenção em vários espaços verdes no território” nos espaços que são da competência da Câmara Municipal e que não estão atribuídos à Junta de Freguesia de Espinho. O ReCaFe está dentro da área que irá ser alvo de intervenção por parte da autarquia.
Artigo completo na edição de 18 de abril de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.