Para “haver um posicionamento político forte sobre o assunto” que tem estado na centralidade dos debates e gerado controvérsia, o PSD de Anta e Guetim realizou, na noite da passada segunda-feira [13 de maio], em conjunto com a concelhia do PSD de Espinho, uma conferência de imprensa, procurando demonstrar, mais uma vez, o seu desagrado relativamente ao local escolhido para a instalação da nova Unidade de Saúde Familial (USF) de Anta, tal como a forma como todo o processo foi conduzido.
Ricardo Sousa, presidente da comissão política concelhia do PSD, eleito a 16 de março, acredita que o processo, submetido pela Câmara Municipal, e que ainda se encontra em apreciação, pode ser revertido, evitando a instalação da unidade de saúde na desativada escola no bairro da Ponte de Anta.
“Se não acreditássemos nisso não teríamos feito uma proposta na Assembleia Municipal (AM)”, garante, defendendo que “os políticos têm que ter uma perspetiva sempre aberta e de diálogo” e referindo-se à sessão extraordinária realizada a 8 de maio, de onde resultou apenas a aprovação da proposta apresentada por Nuno Almeida, presidente da Junta de Freguesia de Anta e Guetim. Recorde-se que o autarca propôs a possibilidade de se manter a USF no local onde está atualmente, criando uma extensão na Ponte de Anta.
Ricardo Sousa admite que acompanhou a apresentação da proposta e a postura do autarca “com estranheza e perplexidade”, parecendo-lhe que o presidente de Anta e Guetim “quer sol na eira e chuva no nabal”. Defendendo que “governar é optar”, Ricardo Sousa afirma que “aquilo que o presidente da junta fez na AM foi um exercício de sobrevivência política e não atendeu aos interesses dos utentes e dos antenses”, preferindo atender “aos seus próprios interesses partidários e a ficar de bem com Deus e com o diabo”.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 16 de maio de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€