Gabriela Relvas, desdobra-se em trabalhos como atriz, apresentadora e guionista. A escrita é uma paixão antiga e acabou de lançar ‘Uma Vaca a Arrotar Metano’, uma tragicomédia que promete mexer com os leitores.

É de Esmoriz mas tem um relacionamento especial com Espinho…

Durante muitos anos, passeava com o meu pai entre a zona dos pescadores até ao Hotel Solverde. Fazer esse trajeto com ele é das melhores memórias da minha vida. Cheguei a gravar várias vezes para o meu blogue, A Vida em Play, esse caminho. É uma paisagem que tem algo de nostálgico. Atualmente vou muitas vezes a Espinho para fazer um passeio ou para comer um gelado. Tenho feito muitas compras na rua 19 e paro para tomar um café. Sabe-me muito bem.

Qual foi o seu percurso de vida?

Nasci no Porto, mas passei a minha infância e adolescência em Esmoriz. Depois, tomei a decisão tirar o curso de Comunicação Social. Concorri à Escola Superior de Educação de Coimbra e foram uns dos anos mais felizes da minha vida. Tirei o meu estágio curricular em Lisboa, em produção televisiva, na Endemol, e comecei a fazer um curso de teatro à noite. Trabalhava numa loja de manhã, foram dias bastante intensos, muito duros, mas o teatro enchia-me de outras coisas.

Como surge a paixão pela escrita?

Tudo começou quando estive na Direção de Comunicação da EDP e à noite comecei a escrever num blogue que tinha criado. Gostava de contar histórias e queria fazê-lo através da palavra escrita. Tomei então a decisão maluca de regressar às origens. Venho para Esmoriz, para casa dos meus pais, a achar que nunca seria atriz, mas, pelo menos, poderia começar a escrever. E acontece o contrário, faço a minha primeira longa metragem e uma data de séries. Consegui trabalhar à distância e a minha vida mudou por completo. Quem é que não quer esta paz? Ao pé da praia, tão inspiradora para escrever.

Artigo completo na edição de 23 de maio de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.