A Campo Aberto tem alertado para a necessidade de uma melhor gestão da floresta em Portugal. Fotografia: Sara Ferreira/DE

José Carlos Marques, presidente de uma das mais importantes associações ambientalistas da Área Metropolitana do Porto, a Campo Aberto, mostra-se surpreendido com a realidade que encontra no concelho. Em entrevista à Defesa de Espinho, o dirigente da associação explica as maiores ameaças ambientais encontradas na região.

Junto à fonte do Pereiro, em Esmojães, falámos com o presidente da associação Campo Aberto, José Carlos Marques, que reagiu às diversas imagens de atentados ambientais recolhidas ao longo da reportagem ‘Nas Margens de Espinho‘. “Depois do que se fez ao longo dos anos com as autarquias para a erradicação das lixeiras, é incompreensível as imagens que encontramos aqui”, critica o dirigente, lembrando que o setor da construção civil – um dos poluidores do local – tem soluções disponíveis, como as cadeias de reutilização ou o descarte. O que acontece, na sua perspetiva, é que as empresas não as adotam porque “isso representa custos suplementares”, acabando por despejar os entulhos em zonas florestais. “Isso demonstra bem o grau de atraso que Portugal tem nesta área, em relação a outros países”, acrescenta.

Segundo José Carlos Marques, uma das causas bastante apontadas para a existência destas lixeiras a céu aberto, o facilitismo, resulta da “incapacidade dos poderes em fazer cumprir as leis relativas aos resíduos”. No entanto, o presidente da Campo Aberto entende que “o Município de Espinho tem tudo para resolver esse problema”, podendo recorrer ao apoio da Lipor.

Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 9 de março de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.