Atento à realidade do concelho e, em particular, à questão ambiental, o Bloco de Esquerda (BE) emitiu um comunicado, apelando à “defesa e preservação da qualidade das águas e das margens das ribeiras do concelho, de modo a fazer destas áreas aprazíveis locais de lazer”.
No documento, o BE retrata as três principais ribeiras que atravessam o concelho de Espinho, baseando-se num périplo que o partido fez “para observar o seu estado de limpeza e conservação”.
Os bloquistas constataram que a ribeira do Mocho, junto do parque de campismo, “corria relativamente limpa e sem cheiro, mas com algum assoreamento”. Na Picadela, “o canavial cobria” a maioria do caudal e na Pedra do Gato, um silvado enorme bloqueava” o curso da água. No percurso entre a Picadela e a rua da Igreja, a ribeira, segundo o BE “estava em bom estado”, mas na zona de Além do Rio, em Anta, “encontrava-se obstruída por muita vegetação, havendo resíduos de plástico e manchas de óleo em zonas de menos caudal”.
Na ribeira de Silvalde, junto à Bicha das Sete Cabeças, os bloquistas observaram “algum lixo” e identificaram que, na Zona Industrial, se encontra “assoreada, com muitos resíduos plásticos e dominada pela invasora erva das pampas”. O BE relata, ainda, que havia “um forte assoreamento deste curso de água entre o pontão da avenida João de Deus e a sua foz”.
Por fim, na ribeira de Rio Maior, os bloquistas constataram que no “Castro de Ovil a água corria bastante turva, acastanhada e malcheirosa” e que no Monte, “as águas corriam aparentemente sem problemas, embora se registasse parte de placa de amianto no leito junto à ponte e na Senhora da Guia”. A ribeira, segundo o Bloco tinha “algum assoreamento e canos de esgoto de moradias implantadas sobre a margem debitando água”.
Artigo completo na edição de 19 de outubro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.