A reconstituição da Via Sacra vai regressar, em força, este ano, após um período de interregno devido à pandemia. A organização apenas irá trazer as representações à freguesia antense. Trata-se de um evento da paróquia de Anta e Guetim que irá envolver cerca de uma centena de atores, podendo atingir as duas centenas de participantes.
A Via Sacra realizou-se em Anta, pela primeira vez, em 1983. Após o lançamento do evento, existiram alguns “interregnos pelo meio” e “fizeram-se algumas coisas ligeiras e não tão encenadas, com a parte litúrgica”, explica um dos elementos da organização, Carlos Oliveira.
“Tudo partiu de um grupo de jovens que resolveu pegar no projeto inicial de 1983 e entendeu dar-lhe um novo alento, chamando parte da equipa que lançou a ideia”, prossegue Carlos Oliveira, dizendo que “este foi o início da Via Sacra que eclodiu em 2007 quando deixámos as fronteiras da freguesia e envolvemos a paróquia de Espinho e a Câmara Municipal”.
O antense recorda que, a partir desse ano passaram a ser utilizados “meios técnicos mais sofisticados”, tendo atingido o “seu expoente máximo em 2019, com mais cenas e personagens”.
Este crescimento acabou por ser travado pela pandemia, em 2020, numa altura em que o grupo já tinha convite para ir a Vila Nova de Gaia, numa parceria entre o Município gaiense e a Diocese do Porto. “Tínhamos tudo preparado para um evento em grande escala, dentro de um projeto ainda mais ambicioso”, dá nota.
Ultrapassada a pandemia, em 2023, o grupo da paróquia de Anta tornou a realizar a encenação da Última Ceia, mas numa escala mais modesta. “Não houve tempo para se organizar a Via Sacra porque foi muito em cima do acontecimento”, lamenta Carlos Oliveira.
Artigo completo na edição de 21 de março de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.