A 18.ª edição do FEST – Novos Realizadores, Novo Cinema chegou ao fim, com as distinções a recaírem em Mansa, de Mariana Bártolo (Grande Prémio Nacional) e em Imaculat, dos romenos Monica Stan e George Chiper, com o Lince de Ouro (Ficção). O Solverde foi homenageado com o título de parceiro honorário.
A sala António Gaio, do Centro Multimeios de Espinho, encheu para a receção da cerimónia de abertura da 18.ª edição do FEST – Novos Realizadores Novo Cinema. O amor, a toxicodependência e as alterações climáticas foram os assuntos com mais peso entre os premiados.
Exemplo disso foi a atribuição do Grande Prémio Nacional a Mansa, de Mariana Bártolo. O filme mostra a perspetiva de uma rapariga de 11 anos sobre a descoberta da sexualidade, no seio de uma família conservadora do norte do país. Enquadrado no ano 2000, o trabalho revela que os temas abordados permanecem atuais.
Mariana Bártolo agradeceu a distinção, confessando ser “avessa ao espírito competitivo e aos prémios”, embora tenha reconhecido que “os troféus acabam por ajudar nesta carreira e neste processo”. Ainda assim, a realizadora não deixou de apontar “que o espírito competitivo não devia ser tão patente nos festivais, mas sim a união”. “Porque as nossas vidas aqui são representadas como muito glamorosas, mas são no fundo bastante precárias”, concluiu a premiada, arrancando aplausos da plateia.
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