Nuno Carvalho é natural de Paramos e deu os primeiros passos no andebol no Sporting Clube de Espinho. No entanto, foi pelos clubes de Aveiro que disputou mais jogos e venceu o seu único título na modalidade. O espinhense está novamente a vestir as cores do São Bernardo e tem como principal objetivo voltar a colocar o clube da cidade onde escolheu morar na primeira divisão.
Como surgiu o andebol na sua vida?
O andebol surgiu através do meu pai. Antes de começar a praticar andebol, fazia natação, mas o meu pai não me conseguia levar aos treinos por causa dos horários. Então disse-me que a secção de andebol do Sporting Clube de Espinho (SC Espinho) ia voltar a abrir. Como ele já tinha praticado andebol e também voleibol, levou-me a um treino para experimentar. Eu gostei e fiquei.
Já conhecia o andebol também de ver o Desporto 2, que dava ao sábado e ao domingo à tarde na RTP2.
Foi imposição familiar?
Não foi imposição familiar. Foi mais imposição da médica. Eu tinha de fazer algum desporto, porque tinha excesso de peso quando era mais novo. Mas não foi imposição familiar de maneira nenhuma. Na altura, fomos à sede do SC Espinho para me inscrever e ele disse para eu experimentar e acabei por fazê-lo e ficar, porque gostei, não porque tenha sido obrigado a isso.
Se não tivesse ido para o andebol, a natação teria sido o seu caminho?
Acho que não, porque a natação foi mais uma imposição da médica do que um gosto. Antes da natação, também joguei futebol. Sempre gostei muito de desporto e sempre quis praticar desporto. Sempre tive aptidão para isso também.
E o que é que fez com que o andebol não fosse mais uma imposição?
Na altura, quando comecei, gostava de ver na televisão jogos de andebol. Era um desporto novo para mim, nem na escola tinha aprendido. Gostei de ver e gostava do facto de estar com amigos, porque no caso da natação, apesar de o treino ser feito em grupo, é sempre um desporto muito individual e eu sempre gostei de desportos coletivos.
Quem eram os seus ídolos na modalidade?
Quando comecei a ver, gostava de ver o FC Porto, porque tinha uma equipa fabulosa com atletas como Carlos Resende, Rui Rocha, Carlos Matos, Ricardo Costa. E esses jogadores sempre foram uma boa referência para quem estava iniciar a modalidade.
Mais tarde, já no SC Espinho, no escalão de juvenil, tive um treinador chamado Ricardo Tavares e, esse sim, foi a minha grande influência no andebol. Como jogador não vi muito, porque ele acabou a carreira cedo, mas depois fui acompanhando o percurso dele e ele foi-me introduzindo ao andebol.
Artigo disponível, na íntegra, na edição de 1 de setembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.