O Festival Internacional de Música de Espinho (FIME) está de volta para a sua 47ª edição. Com início marcado para o dia 11 de junho (sexta-feira), o festival vai trazer a Espinho inúmeros grupos e atuações musicais e há, ainda, um momento inteiramente dedicado aos mais novos. China Moses vai marcar o final desta edição, a 24 de julho, na Casa da Música, no Porto.
A Orquestra Gulbenkian e Nicolas Altstaet são os primeiros a subirem ao palco. Atuam, no dia 11, no auditório da Academia de Espinho e prometem um percurso musical pelo “classicismo tardio”, num momento dedicado a Joseph Haydn. Trata-se, assim, de “um concerto virtuosístico, de grande energia e que explora as capacidades do instrumento à época, e uma sinfonia que encarna a expressividade do final do século XVIII”, explica a organização do festival sobre esta atuação que começa às 21 horas. Com o destaque dado a este programa, será feita “uma viagem pelas transformações estilísticas da música clássica”.
Logo no dia a seguir, dia 12, às 21 horas, será a vez de Les Vents Français. Este grupo musical vai atuar, também, no auditório da Academia de Espinho e protagonizar um momento feito “num percurso por épocas, estilos e compositores contrastantes.” Emmanuel Pahud, na flauta, Francois Leleux, no oboé, Paul Meyer, no fagote, Eric Le Sage no piano e Radovan Vlatkovic na trompa são os elementos do grupo, já que os agrupamentos de sopro são as suas principais características.
Depois de uma semana de pausa, os concertos regressam no fim de semana com uma prestação de Ian Bostridge. O tenor inglês será acompanhado por Luís Duarte, ao piano, e com Jan Wierzba na direção musical que, juntos, vão apresentar um recital com inspirações na poesia inglesa. O momento começa às 21 horas no Auditório da Academia de Espinho e será dedicado à Música de Benjamin Britten. Os temas apresentados serão: ‘Winter Words’, e ‘Nocturno’, ambos com ligações diretas a poemas antigos.
Na terça-feira, 22 de junho, pelas 21 horas será a vez de Frank Peter Zimmermann e Martin Helmchen pisarem o palco da Academia de Espinho para um recital dedicado a Ludwig van Beethoven, um dos maiores expoentes do classicismo vienense. “Beethoven escreveu obras para piano e violino entre 1790 e 1812, um período de grande transformação na música. O presente recital é dedicado exclusivamente a estas obras, que se tornaram modelares no repertório e influenciaram muitos compositores. Da simplicidade doméstica ao virtuosismo público, Beethoven cria atmosferas muito particulares, apresentadas no FIME por um duo de eleição”, refere a organização do festival.
Um recital, será, também, o espetáculo apresentado na sexta-feira, dia 25 de junho, com a presença de Jean Rondeau e Thomas Danford. Estes dois intérpretes da “música antiga” vão apresentar temas inspirados nas danças francesas dos reinados de Luís XIV e Luís XV. Este espetáculo terá início às 21 horas e terá lugar, também, no Auditório da Academia de Espinho.
A 26 de junho chegará a Espinho Richard Bona, mas acompanhado pela Orquestra de Jazz de Espinho. Segundo a organização do FIME, “O estilo eclético e criativo de Bona tornou-se uma referência para vários encontros entre o jazz e as músicas populares de África.” Por isso, “música e liberdade” estarão sempre presentes “num concerto ao qual será impossível assistir sem mexer o corpo.” Este momento será apresentado no Auditório da Academia de Espinho e tem início marcado para as 21 horas.
Já no mês de julho, a primeira atuação ficará a cargo de Le Banquet Céleste. Este grupo musical fará um concerto na Igreja Matriz de Espinho, sexta-feira, dia 2, às 21 horas, e terá entrada livre. “Le Banquet Céleste, agrupamento que se dedica à recriação de repertório barroco, propõe-nos cantatas escritas para os Domingos após a Festa da Santíssima Trindade. Nelas, Bach criou momentos de profunda contemplação e aproximação à divindade. As peças destinam-se a vozes solistas e a um pequeno efetivo instrumental, aproximando-se dos meios que estariam ao dispor do compositor em Leipzig na primeira metade do século XVIII.”
No dia a seguir, sábado, dia 3, haverá um encontro ibero-americano no Auditório da Academia. Estarão em palco três artistas de nacionalidades distintas e propõe-se a apresentar um projeto criativo, onde “os timbres da guitarra portuguesa de Luís Guerreiro, do violão de sete cordas de Yamandu Costa e do bandoneón de Martín Sued se juntam num novo projeto que liga as duas margens do Atlântico.”
No domingo, 4 de julho, os concertos vão ser dedicados aos mais novos. O FIME prepara um programa dedicado às famílias com a presença da Orquestra Clássica de Espinho. No programa haverá vários temas e um deles é “Pedro e o Lobo” de Sergei Prokofiev. Para conseguir dar oportunidade a mais famílias, a organização conseguiu dois horários. O primeiro tem início às 10 horas da manhã e o segundo às 12 horas. Ambos serão no Auditório da Academia de Espinho.
Jan Garbarek é um de vários músicos que não precisa de apresentações e, por isso, a sua ligação ao jazz é bem conhecida. Vai atuar, na cidade, a 9 de julho, pelas 21 horas e terá, ao seu lado, Trilok Gurtu.
Uma das maiores apostas do FIME deste ano é a apresentação de um espetáculo musical composto por vários artistas. “Ao longo de cerca de uma hora, 18 partes musicais interagem de forma a criar uma atmosfera quase religiosa, uma espécie de transe em que o corpo e a mente se fundem numa experiência sensorial única”, explica a organização. Para este momento, estão disponíveis dois horários: o primeiro dia 10 de julho, às 21 horas e o segundo, 11 de julho às 18 horas.
Na sexta-feira de 16 de julho será a vez de Bill Frisell subir ao palco com Thomas Morgan e Rudy Royston. Este concerto vai acontecer no Auditório da Academia, às 21 horas. Já a 24 de julho, o último dia do festival, ficará a cargo de China Moses. A cantora regressa ao FIME para mais um concerto, mas desta vez o palco será a Sala Suggia, na Casa da Música, no Porto.