Foto: Alexandre Vale

Aos 34 anos, Filipa Teixeira pendurou as sapatilhas e guardou a bola. A carreira da capitã do Sporting Clube de Espinho chegou ao fim, mas apenas como atleta. Acredita que desta vez será de forma definitiva, mas garante que não vai abandonar o seu Espinho e que continuará ligada ao voleibol como treinadora e “sempre a contribuir da melhor forma possível para o clube”.

“Não tem nada que ver com o não me sentir bem dentro de campo, porque eu adoro o espírito de grupo, adoro o balneário, adoro as quatro linhas”, confessa Filipa Teixeira, quando questionada sobre o motivo da sua saída das quadras. “Não há uma razão, na verdade. É só uma questão de prioridades e de ter de abdicar de alguma coisa para conseguir abraçar outros projetos e rentabilizar o tempo na minha vida pessoal e profissional”, explica.

Já deixou de jogar por duas vezes e quer acreditar que “à terceira é de vez”. “Custou-me muito o dia em que decidi que ia deixar de ser atleta”, confessa. “Durante esta época, todos os dias pensei nisto, porque quero ser mãe, sou professora de Educação Física e posso calhar em qualquer lado do nosso país, é preciso definir prioridades”.

Filipa Teixeira deixa agora as quadras, porque também acredita que a sua missão no Sporting de Espinho está concluída. “Quando voltei para o Espinho, vim com o sentimento de missão, da subida à I Divisão”, afirma, recordando ter dito que, quando chegassem ao maior palco do voleibol nacional, voltaria a deixar de jogar. “Mas quando chegámos à I Divisão, aquele bichinho não me deixou sair”. Apesar do “sentimento de missão cumprida”, Filipa confessa que “gostava de sair campeã”, mas prefere sair de bem com a modalidade, garantindo ainda que, se a equipa não tivesse conseguido a manutenção, “não abandonaria o barco”.

É das eternas capitãs do Sporting de Espinho e confirma que “isso tem um peso acrescido e uma responsabilidade extra”. E sentiu-os durante todo o processo da escalada de divisões até à I, que começou com “um grupo de amigas espinhenses, apaixonadas pelo clube, pelo voleibol e a jogar a custo zero”. E essa escalada foi bem-sucedida, com a subida ao escalão máximo a ser dedicada ao Toninho, “um dos grandes impulsionadores do projeto das seniores femininas”.

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