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Rui Rodrigues é uma das figuras mais conhecidas do andebol espinhense. Fez a sua formação de andebol indoor no Sporting Clube (SC) de Espinho e destacou-se também na modalidade de praia. É um dos fundadores da Escola de Formação de Espinho (E. F. E.) Os Tigres e pretende continuar a ajudar no crescimento do andebol na cidade, com a formação de novos talentos.

Como se iniciou na prática desportiva?

Desde muito novo que pratico desporto. Cheguei a experimentar badminton, futebol, acho que também cheguei a experimentar hóquei. De experimentar em clubes penso que foram só estas modalidades, mas claro que cheguei a brincar com outros desportos.

E o andebol como surgiu?

Eu agora divido a minha vida entre o andebol indoor e o andebol de praia, mas tudo começou com o indoor, isto quando eu tinha uns doze, treze anos. Ingressei no andebol na cidade de Espinho através de amigos que já jogavam e me puxaram. Desde que experimentei não larguei mais.

O andebol é uma das suas paixões?

Sim, é verdade. Desde cedo que gostei da modalidade. Nós éramos um grupo de sete amigos da mesma turma que jogávamos juntos e acho que isso também ajudou, porque tínhamos uma excelente relação. Mas todo o espírito que se vive à volta do andebol, as equipas no balneário, a convivência com os mais velhos e a própria modalidade em si repleta de espírito de sacrifício e os treinos, tudo acabou por me fazer apaixonar pelo andebol e estar ligado à modalidade até agora.

Como foi o seu percurso na modalidade?

Fiz a minha formação no Sporting Clube de Espinho até aos juniores. Quando os juniores terminaram, porque o clube acabou com esse escalão, nós fomos forçados a procurar outras alternativas. Felizmente tive o convite do Futebol Clube (FC) de Gaia, que me iria permitir fazer juniores/seniores e estive lá por duas épocas. Entretanto acabei por ser convidado para ir para a Associação Desportiva (AD) Sanjoanense e na altura pareceu-me uma proposta mais vantajosa. Por isso, acabei por mudar e ficar cinco épocas em São João da Madeira. No final desse percurso, voltei a ter oportunidade de jogar no Gaia, desta vez na primeira divisão, que era algo que eu não tinha ainda tido a oportunidade de fazer. Na Sanjoanense andámos sempre muito perto da subida, mas nunca conseguimos, e o Gaia deu-me essa possibilidade. Esta é a minha segunda época desde que regressei ao clube e tem sido muito bom.

Representou sempre clubes muito próximos da cidade de Espinho. Se o Sporting de Espinho voltasse a apostar no andebol, o Rui aceitaria fazer parte desse projeto?

Neste momento não me parece viável, isto porque eu estou na primeira divisão e continuar lá é uma prioridade para mim, e acho que no SC Espinho não ia ter essa oportunidade. Apesar de gostar muito do SC Espinho por toda a história que tenho associada à formação, nos últimos anos acabei por não gostar tanto da forma como as pessoas do clube lidaram com certas situações. Foi algo que me entristeceu bastante e ainda entristece pela forma como o andebol se desenvolveu desde aí. E isso é algo com o qual eu não me identifico por completo, daí não ponderar esse regresso, apesar de nutrir um enorme carinho e valorizar muito essa história que existe. Mas, neste momento, por uma questão de princípios e valores, não existe essa identificação.

Enveredou também no andebol de praia. Como é que tudo começou?

Entrevista completa na edição de 9 de junho de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.