A vegetação cobre completamente o curso da Ribeira de Silvalde, numa área de cerca de 100 metros acima e abaixo da ponte nas Escadas da Relva, próximo da Rua das Pedreiras. O lixo acumula-se debaixo da vegetação e os moradores sentem que aquele espaço está ao abandono.
São ervas e uma densa vegetação que tapam o curso da Ribeira de Silvalde, alguns metros a montante da Rua 32, próximo da Rua das Pedreiras, em Silvalde. Um espaço propício a bicharada indesejada e que retira toda a beleza paisagística ao local de atravessamento, por uma ponte próxima a um tanque comunitário de lavagem de roupa, junto às Escadas da Relva.
“Tenho aqui um terreno, que com a minha mulher cuidamos com todo o carinho, mantendo-o limpo e asseado, mas não podemos, nem temos força, para limpar todas estas plantas que tapam a ribeira. Não temos força, nem é essa a nossa obrigação”, diz à Defesa de Espinho o proprietário de um terreno de lavoura contíguo ao leito daquela ribeira, José Rachão, que é residente na Rua das Pedreiras.
“Já falei com o presidente da Junta de Freguesia de Silvalde, o meu amigo José Teixeira, que me disse que não era sua competência a limpeza do leito e que também não tinha pessoal que pudesse fazer esse serviço”, confidencia José Rachão que se mostra “verdadeiramente indignado com este triste e miserável cenário”, que “não é próprio, nem admissível, nos dias de hoje”.
“Fui antigo combatente na Guiné e isto aqui faz-me lembrar todo o cenário com que nos deparámos em combate, com toda essa estranha e sinistra floresta envolta dos riachos. Mas nessa altura nós estávamos preparados para nos metermos por esse matagal, que nos escondia e camuflava. Não esperava, nos tempos atuais, encontrar aqui, tão próximo de minha casa, um matagal como este”, conta José Rachão, apontando, insistentemente, para o local por onde passa o curso de água, escondido pelas inúmeras plantas.
Reportagem completa na edição de 18 de agosto de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.
