Fotografia: Francisco Azevedo/DE

A degradação do troço da EN109 é cada vez mais patente, arriscando a sinistralidade e a segurança rodoviária e pedonal. A irregularidade do piso agrava-se, acrescem os buracos, aqui e ali, e não há passeio na maioria do percurso.

“É preciso conduzir com todo o cuidado e, se calhar, não chega”, diz Rosa Martins, de 42 anos, que se desloca frequentemente a Paramos. “Os condutores devem ser prudentes na velocidade e nas ultrapassagens, mas a irregularidade da estrada é já por si um perigo constante”.

O perigo espreita, curva a curva, ou em cada lanço de reta traçado na EN109.

“É natural que haja cada vez mais saliências na estrada, pois se não há requalificação também não há melhoria”, observa António Peixoto, de 33 anos, cuja atividade comercial o conduz periodicamente até Silvalde. “O carro até salta! Há locais em que é preciso quase andar devagar, muito devagarinho! Imagine-se se não havia a A29! Como é que estaria a EN109 com mais carros ao longo destes últimos anos?! Afinal, para que é que nós pagamos impostos? Resta-nos esperar que um dia alguém se lembre de reparar nesta estrada e fazer alguma coisa. Talvez seja tarde, se acontecer um acidente muito grave…”.

O estado da via coloca em risco a segurança das pessoas residentes e que ali circulam diariamente. José Carlos Teixeira frisa que a competência da resolução do estado degradado da EN109 é da IP – Infraestruturas de Portugal. “A Junta de Freguesia de Silvalde já enviou um ofício para a IP, mas a intervenção só está prevista para 2023. É natural que até então o estado da EN109 se vá degradando ainda mais”.

“Já vieram fazer a limpeza às bermas por duas vezes”, regista o autarca silvaldense. “E também puseram uma estrutura nova por onde passam os carris na passagem-de-nível da Linha do Vouga. Era um local cheio de buracos e deficiências”.

Não se conformando com intervenções esporádicas e manifestamente insuficientes para se resolver a situação crítica da EN109, José Carlos Teixeira vinca que a autarquia a que preside tem diligenciado no sentido de se concretizar a requalificação do piso e a adoção de medidas preventivas de segurança.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 15 de setembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.