A Igreja Matriz de Espinho vai estar em obras por mais um ano. Fotografia: Francisco Azevedo/DE

A Igreja Matriz de Espinho está a ser remodelada no interior e que tem recebido o contributo da comunidade, embora ainda aquém do orçamento de um milhão e 400 mil euros.

A lotação do templo religioso está projetada num aumento de 400 para 600lugares. O resultado global da obra pode surpreender os espinhenses. “As pessoas podem ficar surpreendidas se estiverem muito presas à memória e, portanto, ao passado, mas creio que assim não seja, porque se trata de uma obra mais de conservação. Mas os mais velhos irão recordar-se mais da igreja como ela era. Apercebemo-nos que os altares não tinham gradeamentos e que, por isso não era uma coisa original, mas um acrescento posterior. Temos investigado para se deixar, naquilo que for possível, a igreja como era antigamente”, considera o padre Artur Pinto.

A recuperação do telhado e das paredes exteriores são fases antecedentes à intervenção encetada no pretérito mês de fevereiro e que se prolonga por outro ano. “Faltava a recuperação do interior que tinha muitas mazelas. Alguns problemas tiveram de ser resolvidos. Há fissuras que atravessam todo o edifício. Tínhamos pedras no arco da igreja que podiam cair a qualquer momento. Foi tudo monitorizado para ver se havia qualquer oscilação. Concluímos que não havia nenhuma movimentação, mas era preciso precaver o agravamento e proceder a diversas recuperações estruturais. E também devolver a beleza do edifício, trazendo-lhe um pouco daquilo que era noutros tempos”, acrescenta o pároco.

Padre Artur Pinto considera que a intervenção irá recuperar a beleza original do edifício. Fotografia: Francisco Azevedo/DE

“É um edifício de uma beleza exterior extraordinária, mas que interiormente parecia inferior. O edifício estava cortado por alguns acrescentos que se foram fazendo ao longo dos tempos com implicações na sua arquitetura”, dá nota sacerdote, rendido à imponência e atratividade da Igreja Matriz de Espinho. “Um edifício extramente belo, alto e amplo e um espaço interior que parecia baixo e reduzido. Agora, mesmo com as obras a decorrerem já sentimos uma grandiosidade interior”.

“É um espaço único com acústica muito boa para canto sem amplificação sonora, mas com muita dificuldade para tudo que é amplificação sonora e que era uma das grandes queixas das pessoas”, regista o pároco, recordando-se de vários testemunhos. “Lamentavam não ouvirem corretamente, porque o som era muito confuso quando vinham às celebrações e aos funerais. Por isso, também se está a melhorar a amplificação sonora”.

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