(Fotografia: Sara Ferreira)

São, muitas vezes, chamados de heróis da vida real. Estão, diariamente e a qualquer hora, prontos para intervir nas mais diversas situações. Mas, para desvendar o dia a dia destes profissionais, a Defesa de Espinho mergulhou a fundo no trabalho que desempenham e passou, com eles, alguns dias no quartel dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho.

É na SALOC que tudo começa. Naquele dia, ao comando da sala de operações e comunicações do quartel dos Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho, está Francisco Rocha, bombeiro de 22 anos e profissional desde 2018. Assumiu a função em maio deste ano e, apesar de garantir que é um trabalho complicado, dada a sua importância e exigência, não esconde que gosta daquilo que faz.

Explica-nos que é a partir desta sala específica que são recebidas todas as chamadas de socorro. À sua frente, diversos ecrãs dão conta da atualidade do país, da situação a decorrer no concelho de Espinho e das perspetivas meteorológicas previstas para o dia.

O verão desde ano foi, mais uma vez, recheado de ocorrências para incêndios rurais. Ainda que Espinho não tenha apresentado um índice muito elevado neste âmbito, os bombeiros são recorrentemente chamados para combater em outras localidades. Só no mês de julho, os Bombeiros Voluntários do Concelho de Espinho fizeram frente a 69 ocorrências para incêndios rurais, em terras como Arouca, Aveiro ou Albergaria a Velha. Mas, tal como explica Francisco Rocha, nem só de incêndios se faz o dia a dia de um quartel. “Há muitos civis a ligar todos os dias, o que faz com que tenhamos uma grande afluência de chamadas”, conta este bombeiro, realçando que os “picos de emergência acontecem entre as 10 e as 18 horas”, havendo momentos de grande movimentação nas horas da refeição, quer ao almoço, quer ao jantar.

De auricular sempre pronto no ouvido, Francisco Rocha atende diversas chamadas. Há quem telefone para agendar o transporte de doentes não urgentes, para idas ao hospital, à fisioterapia ou a consultas em diversas clínicas, e há, também, chamadas de socorro. É a partir da SALOC que muitas comunicações entre os bombeiros são feitas, por isso, cada sinal sonoro lançado para o quartel tem um objetivo e todos já o sabem diferenciar.

Reportagem disponível, na íntegra, na edição de 29 de setembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€