Miguel Montenegro: “Um dos sonhos que tenho é o de poder ir jogar a St Andrews”

Foto: Francisco Azevedo

Nasceu em Espinho e foi jogador de hóquei em patins na Associação Académica de Espinho. Como jogador amador, Miguel Montenegro já leva um percurso invejável no golfe que culminou, este ano, com a conquista de dois importantíssimos troféus do Oporto Golf Club, a Taça Skeffington e a Solverde Cup.

Foto: Francisco Azevedo

Como aparece no desporto?
Comecei a praticar desporto muito cedo. Aos cinco anos de idade comecei a praticar hóquei em patins e joguei essa modalidade ao longo de 17 anos, sendo a grande parte do meu percurso na Associação Académica de Espinho. É por isso que me considero um academista de coração. No entanto, houve alguns anos em que joguei na AD Sanjoanense e no Gulpilhares, num período em que o hóquei em patins da Académica de Espinho parou, numa altura em que pretendiam que o clube fosse para a Associação de Patinagem de Aveiro.
A meio do meu curso da Faculdade de Desporto deixei de jogar hóquei em patins. Tive de optar entre terminar o curso ou continuar a treinar todos os dias. Foi nesse momento que decidi experimentar o golfe. A partir daí, fui invadido por uma grande paixão por esta modalidade. Desde aí nunca mais parei de jogar golfe.

Como foi esse percurso inicial no golfe?
Senti que, no início, não foi nada fácil adaptar-me. Penso que começar a praticar o golfe sozinho não é nada fácil. É melhor ter alguém a seu lado, sob pena de se poder desistir. Mas, a partir do momento em que se consegue colocar a bola onde se pretende, começamos a ter prazer em jogar golfe e, por isso, é muito difícil desistirmos.

Há muita diferença entre o hóquei em patins e o golfe?
Senti alguma facilidade no início porque conseguia acertar na bola logo à primeira. Por norma, que experimenta o golfe, não consegue acertar na bola e consegue tirar relva e terra. Eu conseguia bater à esquerda e à direita. Valeu-me o Eduardo Maganinho que me orientou e passei a bater como destro. Note-se que o swing é um movimento diferente e, nesse aspeto, tive de aprender bastante.

Quando começaram a aparecer resultados no golfe?
Jogo golfe amador. No início, tinha um handicap muito alto. É nesse momento que vamos ganhando mais provas porque são jogadas em net. Com o passar do tempo fui baixando o handicap. Tinha um handicap alto e durante a semana jogava muito abaixo disso, mas nas provas não conseguia resultados. Na altura, com o Manuel Alexandre Violas, chegámos à conclusão de que poderia baixar esse handicap. Fi-lo na secretaria e isso obrigou-me a jogar a esse nível. Neste momento estou com um handicap 6 e as coisas têm-me corrido bem.

Por que razão está, então, a jogar melhor?
Mentalmente estou mais folgado e, em termos profissionais não tenho tantas preocupações como tinha no passado. Tenho tido mais tempo para treinar, o que é bastante importante para conseguirmos melhores resultados.

Despendia muito tempo com o golfe?
Passava muito tempo no Oporto Golf Club. Se pudesse ir até lá todos os dias, fá-lo-ia. Mas enquanto estudante, passava muitas horas a desfrutar a modalidade. Atualmente tento ir ao Oporto o maior tempo que me é possível.
Moro em Espinho e sinto que isso é uma mais-valia. Sinto que poucos espinhenses desfrutam do golfe e das condições que o clube oferece. Aconselho a experimentarem o golfe. Vale a pena vir cá todos os dias, nem que seja para bater um balde de bolas. Podemos usufruir de um espaço que é magnífico e que pouca gente de Espinho conhece.

Entrevista completa na edição de 27 de outubro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.