Fotografia: André/DE

As condições de alguns troços do lado sob o domínio espinhense motivam queixas dos utilizadores. A Defesa de Espinho fez um treino matinal pelos passadiços e falou com algumas pessoas que por lá passaram. O tamanho da vegetação e a falta de tábuas em alguns pontos são os principais problemas apontados.

Eram 9h30 da manhã solarenga de sábado quando começámos a nossa caminhada pelos passadiços, hora em que muitos optam por fazer exercício físico junto à Lagoa. Partimos junto à praia de Paramos, ao lado da Capela de S. João e Nossa Senhora da Aparecida e seguimos para sul, rumo à lagoa. Por entre as traves de madeira, percebe-se que as últimas investidas do mar não têm sido simpáticas com a Ecovia do Litoral, sendo que, perto da ETAR e no percurso mais próximo do paredão, a falta de tábuas é visível e as dunas começam a apoderar-se no caminho. Alguns troços foram já, inclusive, engolidos pela areia.

Seguimos em direção à Barrinha de Esmoriz, agora, novamente, no percurso principal da ecovia. Vemos as dunas, ouvimos as ondas e, ao longe, já se avista a lagoa. À esquerda, começa-se também a ver a vegetação típica desta zona pantanosa, o caniço (phragmites australis), mas por entre estas plantas surgem várias ervas-das-pampas (cortaderia selloana), uma espécie invasora que se tem proliferado no território português e alterado a paisagem. Inclusive, chegando aos passadiços da lagoa de Paramos e caminhando já no troço em direção ao Aero Clube da Costa Verde, é esta planta que mais galga para o percurso de madeira, assim como outras invasoras como as acácias, apesar de não comprometerem a passagem dos utilizadores. Onde as dificuldades aumentam é depois da passagem pela ribeira de Rio Maior, a parte nascente da barrinha de Esmoriz, uma vez que a vegetação possui maiores dimensões.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 22 de dezembro de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.