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António José Rodrigues Silva, ou melhor, Tozé como é conhecido no mundo do andebol, brilha como guarda-redes do recém-promovido Académico de Viseu. É natural de Espinho e jogou de tigre ao peito durante quase uma década, no início do seu percurso. O jogador, que conta também com uma passagem pelo FC Porto, tem sido uma peça importante na equipa viseense e procura ajudar o clube a manter o seu lugar no patamar mais alto do andebol português. Apesar desse compromisso com os viriatos, Tozé não esquece o clube que o formou, nem abdica de passar pela cidade sempre que surge uma oportunidade.

Como tem corrido a experiência no Académico de Viseu?
A nossa temporada, até ao momento, está a correr ligeiramente abaixo das expectativas que tínhamos delineado no início do ano desportivo. A verdade é que todos nós estávamos à espera de ter mais duas vitórias, pelo menos. É verdade que o nosso plantel sofreu múltiplas mudanças e pode-se dizer que é um plantel novo, construído praticamente de raiz. Se não estou enganado, sobraram apenas cinco jogadores que fizeram parte da equipa na época passada onde conseguimos a subida à 1ª Divisão. Ainda assim, com essas condicionantes, a temporada que estamos a realizar está uns furos abaixo daquilo que idealizamos. Mas, em contrapartida, temos vindo a fazer alguns resultados interessantes. Considerando todas estas questões, estou confiante que, a partir de agora, a equipa irá garantir resultados e, consequentemente, encarrilhe, fazendo boas prestações até ao final da temporada.

E a nível individual como é que tem corrido a presente temporada?
Nesse caso a avaliação acaba por ser semelhante à coletiva. A nível individual eu estava à espera de ter mais rendimento também. Estava efetivamente confiante que conseguia fazer mais e melhor. Tenho de reconhecer que, no começo desta temporada, estive um nível um bocado abaixo do esperado para a minha própria exigência. Apesar do arranque não ter sido o desejado, penso que com o desenrolar da temporada tenho vindo a ter uma melhoria substancial naquilo que são as minhas exibições. Ainda assim sei que consigo e que devo inclusivamente ter melhores exibições a partir do início da segunda volta.

Quais são os objetivos individuais para este ano?
Os objetivos individuais passam por melhorar as performances que consegui até ao momento, para poder ajudar o Académico de Viseu a cumprir os objetivos que delineamos previamente.

E quais são os objetivos do Académico de Viseu?
Tendo em conta aquilo que referi sobre os meus objetivos individuais, o objetivo coletivo é muito claro: queremos tentar evitar a todo o custo a descida de divisão, ou pelo menos a descida direta, numa primeira fase. Recordo que na 1ª Divisão descem as duas últimas equipas diretamente para a segunda. As duas formações acima vão disputar uma liguilha juntamente com uma equipa da 2ª Divisão. Estou em crer que, a não ser que façamos uma segunda fase da temporada praticamente perfeita para fugirmos de qualquer hipótese hipótese de descida, o objetivo é conseguir pelo menos a qualificação para essa liguilha. Assim teremos uma chance de poder lutar e ficar na 1ª Divisão na próxima época.

Entrevista disponível, na íntegra, na edição de 12 de janeiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€