Com 85 anos, são muitas as conquistas, títulos e histórias que a Associação Académica de Espinho (AAE) guarda. Detentor de um património histórico de grande valor, nesta data especial falamos com Antero Costa, Filipe Leite e Diogo Morais, o exemplo de três gerações academistas, de alma e coração.
Antero Costa foi jogador de hóquei em patins da AAE, após o 25 de abril de 1974. “Tinha começado a jogar hóquei em patins em Luanda e quando a minha família veio para Espinho, era a Académica que tinha essa modalidade. Morava perto do pavilhão e, por isso, foi lá que prossegui”, conta Antero Costa que só deixou de vestir a camisola do clube do mocho, em sénior, durante um ano que esteve a representar a AD Sanjoanense.
“A AAE sempre foi um clube com peso no hóquei em patins, principalmente nas camadas jovens”, recorda Antero referenciando Vítor Hugo que “veio dar uma maior visibilidade ao clube a nível nacional”, numa altura em que a equipa sénior “já tinha um percurso muito interessante nos campeonatos”.
No tempo em que jogava “havia muito público” e “o hóquei em patins era um desporto importante, talvez a seguir ao futebol”, afirma Antero.
Para o antigo jogador, a AAE “sempre foi um clube eclético, fruto da importância que o desporto sempre teve na cidade de Espinho e dava o seu importante contributo com uma série de modalidades”.
O academista considera que a AAE “sempre teve um papel social muito importante”, sobretudo pela “quantidade de pessoas que era capaz de arrastar, quer para a prática desportiva, quer para dentro do clube”. Na cassete das memórias, Antero recorda o pavilhão sempre cheio: “Lembro-me que nos nossos treinos, por exemplo, tínhamos uma afluência de público quase tão grande quanto a que atualmente se vê nos jogos. Andava muita gente atrás de nós, numa altura em que o desporto era praticado por carolice”.
No tempo em que Antero jogava hóquei, “praticamente todos os atletas eram de Espinho”, daí “a forte ligação que havia entre os atletas e a cidade”.
Para Antero Costa, “como todas as instituições, a AAE tem história por causa das pessoas que passaram por lá. Foram pessoas que deram prestígio ao clube e à cidade”, sublinha, recordando nomes como os de Jerónimo Reis, Amadeu Morais, Amadeu José Morais, Vladimiro Brandão, Virgínio Pereira, Miguel Maia, Vítor Hugo e José Lacerda, entre muitos outros. “Todos aqueles que passam pela Académica sentem um enorme orgulho”, conclui.
“Clube com uma dinâmica extraordinária”
A história de Filipe Leite é diferente da de Antero. Atleta de voleibol já leva uma década ao serviço dos mochos. Ligou-se à AAE por influência de um primo seu. “Comecei a jogar nos minis e hoje sinto-me academista de alma e coração”, confidencia o jogador da equipa sénior que tem um percurso exclusivo no clube.
“Tenho consciência da dimensão que ganhou a AAE ao longo de todos estes anos da sua história. É um clube que abrange várias modalidades e isso também é muito importante para nós, academistas e atletas”, conta Filipe referindo-se a “um processo que o clube tem para acolher atletas jovens e de os incorporar, depois, nas equipas seniores”.
Para Filipe Leite a AAE “tem um passado brilhante, quer na formação de desportistas, quer através dos títulos e dos troféus que conquistou. O próprio nome do clube, Académica, diz tudo”.
Artigo completo na edição de 2 de fevereiro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.