Telhado no edifício da sede da Cruz Vermelha caiu

Os funcionários da Câmara Municipal e a Proteção Civil removeram parte do telhado para evitar danos no espaço onde se encontra a viver um casal de refugiados sírio (foto: Defesa de Espinho/DR)

O telhado do edifício poente na sede do Delegação de Espinho da Cruz Vermelha Portuguesa, na rua 25, ruiu ao início da noite de ontem. O casal sírio com três filhos, que se encontra a viver num espaço anexo, foi realojado, temporariamente, por precaução, pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, na Pousada da Juventude.

Foto: Defesa de Espinho/DR

A queda da estrutura que sustenta o telhado do edifício poente, propriedade da Câmara Municipal de Espinho, terá ocorrido cerca das 21 horas de ontem [9 de março]. O alerta foi dado pelo próprio casal de refugiados sírios à Delegação de Espinho da Cruz Vermelha Portuguesa que, por sua vez, alertou os Bombeiros do Concelho de Espinho, a Proteção Civil e a Polícia de Segurança Pública.

Durante a tarde de hoje, uma equipa dos serviços municipais, acompanhada por técnicos da Proteção Civil e por um arquiteto do Município, removeram a estrutura do telhado que punha em risco o edifício onde se encontram a viver os sírios.

Após uma avaliação técnica e estando o edifício com todas as garantias de segurança, o casal deverá regressar ao espaço onde habitualmente habita.

“O edifício é composto por dois corpos e foi o mais virado a poente e que estava mais exposto às intempéries que sofreu danos”, disse à Defesa de Espinho, António Freire, tesoureiro da comissão administrativa da Delegação de Espinho da Cruz Vermelha Portuguesa.

“Trata-se de uma construção muito antiga, do século passado, que foi a primeira cadeia para reclusos que Espinho teve e que está com a Cruz Vermelha Portuguesa há cerca de 14 anos”, explica aquele dirigente, acrescentando que a sua instituição “não dispõe de verbas para a manutenção deste espaço”, pois trata-se de um edifício da Câmara Municipal.

“Felizmente que não se registaram quaisquer danos pessoais, uma vez que o telhado abateu imenso”, salienta António Freire na esperança de que a Delegação de Espinho tenha, agora, “uma ajuda da Câmara Municipal”.