Miguel Reis quebrou o silêncio e afirma inocência

Foto: Arquivo

O ex-presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, decidiu esta tarde [15 de julho] quebrar o silêncio, pela primeira vez, após ter sido detido em janeiro passado no âmbito da Operação Vórtex.

“Há um tempo para ficar quieto e um tempo para falar e os últimos meses foram tempos difíceis, de desassossego e, acima de tudo, de um sofrimento irreparável pela impossibilidade de estar junto daqueles de que mais gosto”, começa por dizer o ex-autarca numa publicação feita durante a tarde de hoje na sua página do Facebook.

“O tempo que perdi com a minha família e os momentos que perdi na vida dos meus filhos deixarão para sempre uma cicatriz incurável”, acrescenta.

O ex-autarca decidiu, desta forma, “quebrar o silêncio e partilhar com muitas emoções”, o que pensa e sente.

“É impossível ignorar a enorme sensação de frustração e descrença por ser injustamente acusado de coisas que não fiz e crimes que não cometi”, afirma o ex-autarca, acrescentando que quem o conhece, “sabe que sempre me pautei pela integridade, pelo rigor, pela verticalidade e, nas funções que desempenhei, pela defesa dos superiores interesses de Espinho e dos espinhenses, acima de todos e quaisquer outros”.

Miguel Reis afirma sentir-se “motivado e confiante de que a verdade prevalecerá e que, no devido tempo e no devido lugar, a justiça comprovará, sem margem para dúvidas, a minha inocência. Lamento esta nova cultura de julgamentos em praça pública e de instrumentalização da justiça para assassinatos de caráter, que em nada dignificam o nosso Estado de Direito, mas confio no nosso sistema judicial e na verdade”, conclui.