Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), esteve esta manhã [17 de julho] em Espinho para uma visita à Feira Semanal.
A par com alguns elogios, a bloquista não deixou de ser confrontada com algumas críticas, nomeadamente no âmbito da habitação, no aumento do custo de vida, na recente polémica a envolver a Altice, mas também sobre corrupção e, inevitavelmente não deixou de referir a Operação Vórtex.
“Estamos em Espinho, numa terra onde existem muitas suspeitas de corrupção ligadas ao imobiliário. E é bom para nos lembrarmos que sempre que o Estado facilita, e do outro lado da crise que impede a habitação a quem precisa dela, há muito negócio, muita corrupção e muito privilégio”, disse Mariana Mortágua, em declarações à comunicação social, fazendo uma ligação entre o problema da corrupção e o crescente aumento do preço das casas.
Afirmando que se “encarou o imobiliário como forma de lucro fácil” a coordenadora do Bloco de Esquerda mencionou que “a outra face da moeda é a crise na habitação”. Defendendo que “as pessoas não estão a aguentar”, Mortágua referiu que tem que haver “regras apertadas na contratação com privados, no licenciamento da construção e nas regras que permitem os negócios imobiliários nas autarquias”, da mesma forma em que é importante colocar “limites às rendas e às prestações ao banco”.
Mariana Mortágua afirmou ainda que o BE considera como erro “as políticas com que PSD, CDS e PS fizeram, nos últimos anos, duplicar o preço das casas e aumentar em 50% o custo do arrendamento em Lisboa, no Porto, em Espinho, em Viseu e em todo o país”.
