O Município de Espinho já recebeu o resultado da auditoria encomendada ao Instituto da Construção relativamente às obras do Estádio Municipal. As conclusões apontam para que as obras atinjam um valor máximo de cerca de sete milhões de euros, contrariando o que o Executivo havia avançado em março passado quando apontava para um custo final de cerca de nove a 13 milhões de euros.
Assim, o valor da obras poderá passar dos 4,5 milhões de euros contratualizados até aos sete milhões, faltando incluir as torres de iluminação, os arranjos exteriores, a ligação das redes de água e a bilheteira norte, infraestruturas consideradas necessárias ao funcionamento do equipamento.
O relatório da auditoria será enviado para o Tribunal de Contas, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Direção-Geral das Autarquias Locais, Procuradoria-Geral da República e ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro. A obra continuará parada.
Segundo a Defesa de Espinho apurou, o resultado desta auditoria foi comunicado ao Sporting Clube de Espinho durante a manhã de hoje [8 de setembro] e a autarquia e clube deverão reunir, novamente, dentro de alguns dias.
As conclusões que constam no documento referem-se à existência de ilegalidade e violações ao Código dos Contratos Públicos, assim como à existência de alguns erros e falhas no projeto que deverão ser corrigidos.
A auditoria aponta, também, para a impossibilidade de avançar com novos trabalhos complementares.
No documento entende-se a necessidade de rever e reforçar as estruturas de betão e as fundações daquela infraestrutura que não suportariam o peso das bancadas, bem como falhas e erros do projeto, nomeadamente no que respeita a trabalhos de drenagem, movimentação de solos para o campo relvado e consolidação de solos de apoio a muros.
O relatório aponta para o projeto ter arrancado sem a iluminação do recinto, a ligação das redes hidráulicas à rede pública e os arranjos exteriores da zona envolvente, ou para o facto de o acesso a uma das bilheteiras do estádio estar implantado em terrenos que não pertencem à autarquia.
