Miguel Moreira terminou o ensino secundário com média de 19,4 valores. (Foto: Isabel Faustino)

As escolas Manuel Laranjeira e Manuel Gomes de Almeida voltam a ver partir alunos com médias elevadas, que deixam a casa de partida e preparam-se para enfrentar uma nova realidade. Esforço e dedicação valeram vagas em universidades no Porto, Aveiro e Lisboa.

Todos os anos, há desempenhos escolares que se destacam dos demais e que permitem, aos alunos que os conseguem, a entrada em variados cursos de diferentes faculdades. Entre os estudantes que alcançaram essa prestação de mérito, e que agora iniciam a vida universitária, estão João Brandão, Matilde Mendes e Alexandra Moreira, antigos alunos da Escola Secundária Manuel Laranjeira; e Miguel Moreira, Beatriz Lourenço e Carolina Fontes, antigos alunos da Escola Secundária Manuel Gomes de Almeida.

Todos eles partilham denominadores comuns, mais ou menos evidentes, como o facto de entrarem agora na universidade, serem naturais e terem estudado em Espinho, e, claro está, terem obtido resultados no ensino secundário.

João Brandão, o único que ainda tem 17 anos, entrou no curso de Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), tendo para isso contribuído a média escolar de 19,67 e a classificação de 20 valores no exame de matemática. Curiosamente, Matilde Mendes e Alexandra Moreira conseguiram obter a mesma média que o colega de escola e turma, mas seguiram caminhos opostos, entrando no curso de Ciências Biomédicas da Universidade de Aveiro e de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, respetivamente.

No caso dos alunos da Escola Manuel Gomes de Almeida, destaca-se Miguel Moreira, que terminou o ensino secundário com uma média 19,4 e alcançou uma classificação de 20 valores no exame de matemática, uma vez que entrou na Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico, para tirar a licenciatura em Engenharia Física Tecnológica. Já Beatriz Lourenço, que também obteve uma média de 19,4 e Carolina Fontes, média de 19,3, irão começar a estudar na FEUP. Beatriz ingressou no curso de Engenharia Mecânica e Carolina no curso de Bioengenharia.

O bom rendimento escolar de cada um destes alunos sempre foi, de um modo geral, constante. “Comecei a ter uma preocupação em estudar desde cedo. Não gostava tanto quando era mais nova, mas sempre tive o “bichinho” de aprender e de sentir que estou a acompanhar”, refere Matilde, afirmando ainda que acompanhar as aulas ao máximo era “crucial”.

Por sua vez, Miguel confessa que o “10º ano foi o mais difícil, porque foi um choque muito
grande e não estava habituado a levar a matéria àquele ritmo”. O próprio afirma que “nunca estudou muito, mas sempre gostou de aprender e fazer trabalhos de física ou matemática”.

Para Beatriz, o número de horas de estudo varia consoante a dificuldade das disciplinas e
os pontos fortes e fracos de cada aluno, apesar de ter existido sempre “muito esforço”. Carolina considera que é “um grande passo” para os estudantes se estiverem atentos nas aulas, de forma a “rentabilizar mais o tempo e, possivelmente, conseguir melhores resultados”.

Apesar do mérito do desempenho escolar residir nos estudantes, existem outros fatores
que facilitaram essa prestação, como os próprios revelam. Desde o ensino ao ambiente
social, passando por atividades extracurriculares, há várias maneiras de ajudar os alunos a
atingirem o seu potencial, pelo menos, no que a notas diz respeito.

O contributo que os professores tiveram na vida destes estudantes não foi esquecida, com Matilde Mendes a definir os alunos da Escola Manuel Laranjeira como “sortudos”. A aluna refere que é preciso dar mérito ao corpo docente da escola, visto que são pessoas que
“marcaram o caminho dos estudantes e nunca serão esquecidos”.

Uma vez que a matemática é uma das suas forças, João Brandão aproveita para explicar uma equação que se relaciona com a escola que frequentou. “A junção de um bom grupo de amigos com bons professores, que se importavam connosco e com o nosso percurso académico, resultou num excelente ambiente escolar, para que pudéssemos atingir estes resultados”, acrescenta.

Alexandra Moreira concorda com os colegas, evidenciando a comunicação dos professores
com os alunos e a sua preocupação para com os mesmos, o que deixa “apenas boas memórias da turma”.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 21 de setembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€