Fundada por um grupo de pais de ginastas, a Gymnostar completou seis anos em novembro passado. Apesar de ter sede em Anta, a Associação não dispões de um lugar fixo para a prática da modalidade forçando os atletas e treinadores a constantes mudanças. Neste momento está implementado um processo de renovação das classes de acrobática.
Com meia dúzia de anos, a Gymnostar tem já um palmarés invejável no mundo da ginástica acrobática e a sua ação não se limita, exclusivamente, à prática desportiva. O desporto adaptado e o desporto para todos, são mais duas vertentes que, através de protocolos com Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) e do Turismo de Portugal, desenvolve um amplo trabalho na área social através dos projetos Ginástica Solidária 2023. O protocolo permite a integração de quatro crianças com necessidades educativas especiais, oriundas de um meio socioeconómico desfavorecido. A Gymnostar abrange também o programa Mexe-te pela tua Saúde – Crescer e envelhecer saudável 2023, integrado no Programa Nacional de Desporto para Todos subsidiado pelo IPDJ. A ação centra-se na promoção gratuita de Ginástica Sénior Solidária no Centro Comunitário do Bairro de Anta, a 15 idosos com idades compreendidas entre os 65 e os 82 anos, e a Ginástica de Base nos jardins de infância do Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira.
A procura por um espaço fixo é uma luta constante da associação desde o primeiro dia. Albertina Pértiga, presidente da direção da Gymnostar, lembra que iniciaram “a atividade na Escola Sá Couto, mas acabámos por ficar sem esse espaço”. “O falecido padre João de Deus abriu-nos as portas no salão paroquial de Guetim onde estivemos ao longo de quatro anos até à altura em que o padre faleceu”, recorda, acrescentando que estão há um ano e meio a treinar no Centro Cultural e Beneficência de S. Félix da Marinha.
Albertina Pértiga diz que o grande objetivo, neste momento, é “voltar ao concelho de Espinho”, justificando que isso será “imprescindível para o desenvolvimento da prática da atividade física e desportiva” da associação e para a realização em pleno dos projetos que estão em curso.
“Desenvolvemos o desporto para todos com o apoio do IPDJ e do Turismo de Portugal, com protocolos firmados com as duas instituições e este ano estabelecemos um protocolo com o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira”, dá nota a dirigente que salienta o trabalho que a coletividade tem feito junto da comunidade espinhense, nomeadamente com a Cerciespinho e o Centro Comunitário da Ponte de Anta onde os técnicos, trabalhando com crianças desfavorecidas, ao sábado, utilizam os espaços ali existentes. “Trabalhámos com os idosos em Anta e Guetim, mas isto ficou um pouco parado no pós-pandemia. Mantivemos uma classe no Centro Comunitário da Ponte de Anta e que ganhou uma menção de prata na Associação de Ginástica do Norte e uma menção de bronze na Federação Portuguesa de Ginástica. São 15 senhoras que são orientadas pela nossa treinadora e fisioterapeuta Inês Pértiga”, sublinha, acrescentando que “desde maio de 2021 trabalhamos com crianças com trissomia 21 e estão integradas nas nossas classes de desporto adaptado”, revela.
Albertina Pértiga evidencia o apoio que o presidente da Junta da União das Freguesias de Anta e Guetim, Nuno Almeida, tem dado à instituição. “De outra forma não conseguiríamos desenvolver a nossa atividade pois é a Junta que nos leva aos campeonatos nacionais e às provas internacionais”.
Artigo completo na edição de 28 de dezembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.
