A Câmara Municipal de Espinho está a fazer finca-pé com a Infraestruturas de Portugal (IP), recusando receber a passagem subterrânea do Rio Largo. A autarquia alega anomalias na obra da estação elevatória.
A passagem inferior na Linha do Norte, no Rio Largo, está concluída há já bastante tempo. No entanto, apenas os peões podem fazer o atravessamento, uma vez que o fim para que o túnel foi construído não cumpre, na plenitude, os seus objetivos.
A obra foi feita no âmbito da requalificação da Linha do Norte pela Infraestruturas de Portugal (IP), tendo a Câmara Municipal e aquela entidade pública entendido que a passagem devia servir peões, mas também viaturas de emergência. Tudo está feito, exceto um pequeno troço, junto à sede do clube Rio Largo CE. A estrada termina onde começa uma escadaria e, por isso, não é possível a passagem de quaisquer veículos, sejam de duas ou quatro rodas.
A IP preparava-se para entregar a obra ao Município de Espinho, mas a autarquia recusou, considerando que a concretização não cumpre o que havia sido estipulado entre as partes.
Segundo a presidente da Câmara, Maria Manuel Cruz, “a obra não poderá ser aceite pelo Município de Espinho, até que a IP elimine um conjunto de anomalias que se prendem com o facto de não se terem seguido as melhores práticas na estação elevatória”. A autarca considera que assumir a obra no estado em que se encontra seria “onerar desnecessariamente o Município, aquando da respetiva operação e manutenção futuras”
De acordo com o Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), “o Município de Espinho já informou a IP de que não aceitará a obra até que tal situação seja corrigida”. Trata-se de “erros de projeto e de execução”, que levam a autarquia a considerar tratar-se de uma “responsabilidade da IP” a respetiva retificação.
Artigo completo na edição de 8 de fevereiro de 2024. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.
