Muito se fala em literacia e na necessidade crescente de termos conhecimentos financeiros que nos permitam fazer escolhas acertadas, prevenindo situações de sobre endividamento.
A melhor forma de o fazer passa por ensinar as nossas crianças. Já estão a ser realizadas iniciativas para promover a poupança nos mais pequenos e já foi incluído no curriculum a literacia financeira. Mas, enquanto pais, podemos e devemos ajudar a torná-los adultos responsáveis e financeiramente autónomos.
Deixo algumas sugestões de acordo com as idades para que possa ensinar o valor do dinheiro e como usá-lo de forma responsável e sustentada, podendo poupar e usar os créditos como uma ferramenta de gestão útil.

3 aos 5 anos

É importante que desde tenra idade as crianças comecem a perceber o valor do dinheiro e o custo de o ganhar. Nada melhor que desafios. Existe um brinquedo que quer muito, porque não estabelecer um desafio de poupança para o conseguir? Pode criar com ele um mealheiro onde vai colocando as poupanças para o dito brinquedo, inclusive deixe-o ser criativo na forma de angariar mais dinheiro, por exemplo, fazer pequenas atividades em família “cobrando” entrada como um “teatro”. Dessa forma, começa a perceber que existe um esforço (trabalho) antes da recompensa. No final do período estabelecido vá com ele comprar o dito brinquedo colocando o valor em falta. É importante não falhar ao prometido e que se sinta “recompensado pelo esforço”.

6 aos 10 anos

É uma fase em que é importante ensinar o conceito de escolha, pois nestas idades têm dificuldade em distinguir o que é um bem essencial de um bem secundário. Convém também que percebam que o dinheiro é um recurso limitado que não permite comprar tudo o que se pretende.
Para que esse conceito se vá interiorizando é preciso deixá-lo fazer escolhas. Por exemplo, no supermercado deixar escolher alguns produtos, mas ir sempre questionando: “será que é mesmo preciso? Não devíamos escolher outros produtos mais necessários?”.
Pode ser altura de introduzir uma pequena semanada para que a criança possa comprar alguns produtos com a mesma. Se gastar antes da semana terminar não lhe dê mais, assim vai aprendendo.

11 aos 14 anos

Nesta altura, as crianças têm alguns conhecimentos sobre poupança e a importância da mesma, conseguindo já alcançar desafios de curto prazo. É o momento de passar para os desafios de médio longo prazo. Por exemplo, comprar um PC Gamer é uma excelente oportunidade para começar a explicar o conceito de juros, além de que amealhar também é importante para fazer crescer. Aproveite para o familiarizar com as contas-poupanças e depósitos a prazo. Pode até aproveitar a oportunidade e abrir uma conta-poupança para ele,
destinada a comprar o PC Gamer, pois assim é mais fácil perceber o conceito. Incentive mais uma vez a iniciativas que permitam amealhar mais dinheiro, por exemplo, pedir na família prendas em dinheiro, organizar pequenas tarefas “remune-radas”. Além disso, faça com ele os depósitos e vá falando sobre a valorização de “juros” decorrentes da aplicação. Assim percebe que para conseguirmos o que desejamos é preciso poupar.

15 aos 18 anos

Agora que já é adolescente e se aproxima da idade adulta onde as escolhas serão suas, convém começar a sensibilizá-lo para temas mais complexos. Explique-lhe a importância dos compromissos financeiros como crédito habitação ou automóvel e o peso dos mesmos
no orçamento familiar.
É importante que perceba que os créditos, desde que bem geridos, são instrumentos de gestão financeira. O importante é dialogar e perceberem como fazer uma gestão equilibrada para que possam ser adultos felizes e responsáveis, tendo consciência do conceito de esforço, de escolha, de valorização da poupança e uso responsável de crédito.

A rubrica Cada €uro Conta é uma parceria entre o jornal Defesa de Espinho e a DSI Intermediários de Crédito. Conteúdo patrocinado.

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