Grupo de sócios do SC Espinho quer limitar mandatos dos presidentes e impor controlo do clube numa futura SAD

Foto: Sérgio Santos/Arquivo

O SC Espinho vai realizar no dia 18 de abril uma assembleia geral, por requerimento de mais de meia centena de associados, para alteração de quatro pontos dos estatutos. A obrigação de o clube ter, no mínimo, 51% da participação numa futura Sociedade Anónima Desportiva (SAD) e a limitação de quatro mandatos do presidente da direção, são duas das principais propostas.

Rui Marinho e Fábio Ribeiro são dois elementos que fazem parte do grupo de mais de cinco dezenas de associados que apresentaram uma proposta que visa a alteração de quatro pontos dos estatutos do SC Espinho.

Segundo Rui Marinho, a proposta “foi entregue a 23 de janeiro passado, antes de surgirem os esclarecimentos sobre a SAD do Vilafranquense” e foi um processo iniciado “antes do Natal de 2022”.

Sobre o processo, o sócio do clube vareiro explica que “quando se levantou a possibilidade de constituir uma SAD, criámos um pequeno grupo de trabalho para analisarmos os estatutos do SC Espinho para elaborarmos algumas sugestões para proteger o clube. Acima de tudo, queríamos que os sócios tivessem um voto em relação a questões como a venda de terrenos noutras participações do clube, como por exemplo, a sua integração na Sociedade Espinho XXI que detém os terrenos do antigo Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas e que não tem a obrigatoriedade de trazer o assunto a uma assembleia geral antes de fazer qualquer negócio”, dá nota Rui Marinho. “Por isso, se uma sociedade for detida pelo SC Espinho, a venda de imóveis também terá de passar pela assembleia geral”, reforça.

Rui Marinho faz questão de dizer que esta posição do grupo de associados “constitui uma resposta a uma assembleia realizada no ano passado. Os sócios tiveram conhecimento, através da direção da venda de terrenos, mas não tinham o direito a voto sobre o negócio”.

Para Rui Marinho os estatutos do clube “não estavam atualizados para os novos modelos com sociedades de investimentos imobiliários” e “foi através de uma interação dentro da própria assembleia geral que se chegou a esta conclusão. Os nossos estatutos são antigos, tiveram algumas remodelações pontuais, mas não refletem os novos modelos de participação e de negócios dos clubes desportivos”, evidencia.

Artigo completo na edição de 13 de abril de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.