Espinho: Largos na cidade longe de ser o que eram!

No Largo dos Combatentes pode contemplar-se a Igreja Matriz de Espinho (foto: Alexandre Vale)

Há espaços públicos que outrora serviam de ponto de encontro e de convívio para os espinhenses. Hoje, ou porque não estão devidamente tratados, ou porque se foram perdendo os hábitos, já não são mais do que um simples local de passagem.

Apesar de renovado, o Largo Manuel Sancebas, no Rio Largo, já não tem o movimento de outros tempos, sobretudo de crianças (foto: Alexandre Vale)

Outrora eram espaços de encontro e de convívio, lugares próximos de monumentos, como é o caso do Largo dos Combatentes, junto à Igreja Matriz.

Armando Reis herdou o negócio que o seu pai criou há cerca de 75 anos, a Drogaria Reis. “Antigamente vinha muita gente a este largo para fotografar e para desenhar a Igreja Matriz. Mas com o passar do tempo, este espaço foi-se abandalhando e hoje não é atrativo”, aponta o comerciante que considera que a igreja “ainda é um ponto de atração, pois trata-se de um monumento da nossa terra”.

O comerciante recorda que “antigamente havia ali imensa gente. Dantes víamos tudo cheio de pessoas. Os jardins estavam muito cuidados, sobretudo no tempo do vereador Castro Lima que trazia muitas ideias de França”, conta Armando Reis.

“Quando o meu pai criou este negócio, há cerca de 75 anos, este largo já existia. Havia, no centro, uma estátua ao soldado desconhecido, que acabou por ser dali retirada e levada para onde se encontra atualmente, no Regimento de Engenharia. A estátua do soldado, que foi inaugurada em 1957, estava voltada de costas para a igreja e as pessoas não gostavam muito de ver aquilo. Acabaram por modificar o jardim, dando-lhe o desenho que tem atualmente”, concluiu.

O estabelecimento comercial Firminos está ali há cerca de quatro décadas. Segundo Firmino Silva, atual proprietário, em tempos aquele largo “acrescentava alguma coisa” ao seu negócio. Mas esse espaço “está igual e nada mais foi feito até hoje, servindo para passeio de cães ou para se assinalar a Batalha de la Lis uma vez por ano. É um espaço degradado e pouco atrativo”, critica o comerciante recordando que, “antigamente, até os turistas paravam por aqui para apreciarem a nossa igreja e com esse movimento de pessoas, o negócio também tinha vantagens”.

Reportagem completa na edição de 7 de julho de 2022. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.