Bloco de Esquerda acusa restantes partidos da Assembleia Municipal de Espinho de se furtarem “ao debate e ao confronto democrático”

Foto: Defesa de Espinho/Arquivo

O Bloco de Esquerda (BE) e o vogal da Assembleia Municipal de Espinho (AM), João Matos, através de um comunicado que fizeram chegar à redação da Defesa de Espinho, acusa o Partido Socialista (PS), Partido Social Democrata (PSD) e Coligação Democrática Unitária (CDU) de escolherem “o caminho do fingimento, furtando-se ao debate e ao confronto democrático, o que em nada diminui a graveza do que aconteceu e que culminou na renúncia ao mandato do presidente da Câmara Municipal de Espinho”.

Em causa, segundo o BE, está a recusa de uma proposta do Bloco, em sede da Comissão Permanente da AM, para a realização de uma sessão extraordinária, com um único ponto na ordem de trabalhos: “a discussão da situação política do município”.

Segundo o BE e o vogal da AM, João Matos, “em cumprimento dos sinais genéticos da democracia, exige-se o esclarecimento político daquelas que foram as políticas seguidas por Miguel Reis e PS, e que, à semelhança e em continuidade com a governação do PSD de Pinto Moreira, subordinaram as políticas públicas municipais à necessidade de priorizar a manutenção do dinamismo do setor imobiliário, em harmonia celestial com os interesses da elite económica, que está a ganhar enquanto o povo sofre”.

Para o BE “a recusa da proposta é ilustrativa do que não pode ser a reação dos agentes políticos perante o abuso e a usurpação do que pertence à nossa comunidade”.

“Não são, por isso, aceitáveis quaisquer tentativas de subestimar a soberania popular. Para o Bloco de Esquerda, a transparência não é íngreme e o povo não será desmemoriado”, conclui.

A Assembleia Municipal irá reunir a 18 de janeiro próximo, pelas 21 horas, no Centro Multimeios de Espinho para a concluir a ordem de trabalho da 5.ª Sessão Ordinária de 2022.