Polícia Judiciária deteve suspeito de corrupção ativa no Campeonato Sabseg

Foto: Sérgio Santos/arquivo

Caso poderá estar relacionado com a tentativa de corrupção no jogo da última jornada da UD Mansores-AD Lobão, onde o SC Espinho foi relegado para a fase de manutenção/descida.

A Polícia Judiciária (PJ), anunciou hoje [8 de março], em comunicado, realizou “uma operação policial” que levou “à detenção de um indivíduo indiciado pela prática do crime de corrupção ativa”.

Segundo a PJ, com base num “inquérito titulado pelo Ministério Público – DIAP de Santa Maria da Feira”, a operação policial deu “cumprimento de mandados de busca e detenção, no âmbito de investigação de corrupção na atividade desportiva”.

De acordo com o comunicado, “foram executados diversos mandados de busca que visaram residências dos suspeitos e uma sede de clube de futebol local”.

Para a PJ “os factos em investigação reportam-se à última jornada da primeira fase do Campeonato Sabseg da Associação de Futebol de Aveiro” e, por isso, poderão estar relacionados com o caso da alegada tentativa de corrupção no jogo UD Mansores-AD Lobão que foi noticiado pela Defesa de Espinho a 9 de fevereiro passado.

Recorde-se que o presidente da Associação de Futebol de Aveiro (AFA), Neves Coelho, confirmou à Defesa de Espinho, nessa altura, que aquela instituição havia recebido uma participação da UD Mansores, tendo a AFA emitido “um esclarecimento através de um comunicado oficial”.

Por sua vez, a presidente da Direção da UD Mansores, Daniela Tavares, assegurou à Defesa de Espinho que o processo já estaria nas mãos da Polícia Judiciária e que transmitira “toda a informação que podia e que lhe foi permitido” à AFA.

Na última jornada do Campeonato Sabseg, a AD Lobão foi a Mansores vencer os locais e passou à fase de apuramento do campeão, enquanto o SC Espinho perdeu em Fiães e foi para a série de manutenção descida, separado por apenas três pontos do seu adversário direto.

Segundo o comunicado da PJ publicado hoje, “o detido vai ser presente à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”, enquanto o inquérito “prossegue em segredo de justiça”.