Café "Zé da Banana" pode ser afetado pelo POC. (Foto: Sara Ferreira)

Não tem havido comunicação entre os responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente e as entidades locais, nomeadamente a Junta de Paramos. A situação deixa algumas dúvidas sobre o futuro do programa e deixa os paramenses em suspenso.

Reina a escassez de informação no assunto do Programa de Orla Costeira (POC), que entrou em vigor em 2021. O programa tem em vista a proteção das áreas costeiras e prevê o recuo planeado de centros habitacionais, casas e restaurantes, localizados entre Caminha e Espinho. O POC justifica este recuo indicando que as casas e estabelecimentos fazem parte de áreas críticas no que concerne a zonas de impacto do ambiente marinho. Paramos será a única freguesia do concelho a ser afetada, mas há mais dúvidas que certezas.  

Um dos estabelecimentos que poderá ser afetado por este recuo é o café Zé da Banana, que se encontra na zona da praia de Paramos. O proprietário, Paulo Pinto, revela que há “muito pouca informação” comunicada aos possíveis afetados pelo programa, destacando que, a pouca informação que recebe é lhe transmitida pelo presidente da Junta de Freguesia de Paramos.

“Tivemos uma reunião em março ou abril de 2019 em que nos foi garantido que, até ao final do ano, iríamos falar com representantes do Programa da altura e ser-nos-ia explicado qual seria o plano, mas ninguém apareceu. Entretanto, veio a pandemia e ficou tudo sem efeito”, explica Paulo que acrescenta que Manuel Dias, presidente da Junta, é o único que lhe concede alguma informação sobre o assunto, ainda que seja depois de abordagens do proprietário sobre o assunto.

Artigo completo na edição de 27 de julho de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.