O presidente do SC Espinho não tem rodeios em relação ao objetivo da subida de divisão. (Foto: Sara Ferreira)

Bernardo Gomes de Almeida demonstra toda a ambição do SC Espinho em voltar aos grandes palcos. O presidente do clube prepara uma nova era e enfrentará a luta pela subida com o contributo de um treinador com experiência europeia, Nathan Rooney.

Como surgiu a contratação de Nathan Rooney?

O novo treinador acompanha o SC Espinho desde 2017, fez um estudo sobre a nossa equipa, tendo trabalhado na formação. Foi escolhido por mim e só agora é que tivemos as condições financeiras e logísticas para trazê-lo para cá. Era um desejo meu há muitos anos, desde 2017, e consegui concretizá-lo este ano. É um treinador sem vícios, com um conhecimento do futebol muito alargado, presenças na Liga Conferência e projetos desenvolvidos a nível da 1ª Liga inglesa. Acho que é o treinador para o futuro, para nos catapultar e nos levar às divisões superiores. Estou muito grato por ter aceitado este convite, mesmo com o SC Espinho numa divisão tão baixa, mas é assim que se começa a caminhar, tal como uma criança até ser adulta.

Qual é o historial do novo técnico?

Teve presença nas rondas de apuramento para a Liga Conferência como treinador, ao serviço do Magpies, de Gibraltar. Desenvolveu trabalhos em escalões de sub-23 de vários clubes da 1ª Liga, passou por Espanha e chega, agora, ao SC Espinho.

Tenho de lhe agradecer publicamente e desejar-lhe muita sorte, porque é um treinador com capacidade para nos levar para as divisões profissionais em poucos anos.

O que é que o atraiu a nível tático?

A maneira de ver o futebol, os microciclos que ele impõe. Acompanhei o seu trabalho de desenvolvimento de metodologia de treino de perto, quando esteve aqui. Além disso, aprecio o seu caráter, amor pelo desporto e a maneira como vive e respira futebol. Acima de tudo, vem para cá como profissional a 100%, por isso estará sempre dedicado ao SC Espinho e acho que isso é uma grande vantagem.

Tendo em conta o novo projeto, é ambicioso pensar que o treinador ainda estará no clube quando chegar aos campeonatos profissionais?

O objetivo é esse. No futebol, não se pode prever o dia de amanhã, porque é muito volátil, mas se me perguntar se queria ter este treinador para os próximos cinco ou seis anos, diria que sim, sem dúvida. Tem capacidade para treinar equipas profissionais e foi por isso que veio para aqui, para levar o clube a esse patamar e para continuar no clube como treinador.

O idioma não poderá ser um problema?

Nos primeiros meses, se calhar. O futebol tem uma linguagem universal, mas temos pessoas capazes de traduzir o discurso rápida e quotidianamente. De qualquer forma, tenho a certeza que irá falar português rapidamente e os jogadores também falarão melhor inglês. O que entra em jogo, neste caso, é a linguagem universal do futebol e o treinador perceber o que é o SC Espinho e os seus valores pois isso está mais do que identificado.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 3 de agosto de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€