Alternativa eleita pela APA será a que menos impacto representa no território, mas vai inviabilizar existência do campo de futebol de Guetim (Fotografia: Francisco Azevedo)

Declaração de Impacto Ambiental dá parecer favorável condicionado ao traçado Porto-Aveiro, optando, no caso de Espinho, pela solução A, conhecida como a variante de Gaia. Freguesia de Guetim será a mais afetada, perdendo o campo de futebol. Quinta da Gata e Parque da Picadela também serão afetados.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) atribuiu um parecer favorável condicionado ao traçado Porto-Aveiro do projeto da Linha de Alta Velocidade, decidindo, após o encerramento da consulta pública, quais os traçados mais aconselhados para a sua implementação.

Apesar de assumir que se verificou “uma forte contestação à implantação das soluções de projeto da Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto e Lisboa na fase 1: Troço Porto/ Soure, Lote A – Troço Aveiro (Oiã) / Porto (Campanhã)”, e que “com exceção de algumas exposições favoráveis à construção do projeto, a esmagadora maioria das exposições são desfavoráveis”.

Na Declaração de Impacto Ambiental (DIA), a APA explica, assim, que foram consideradas as alternativas “ambientalmente mais favoráveis”. No que toca a Espinho, a decisão recaiu no trecho 3, nomeadamente na alternativa 3.3, também conhecida como a Variante de Vila Nova de Gaia ou solução A, cuja seleção se deveu, segundo a DIA, a vários fatores como o uso do solo, os sistemas agrícolas, o ruído, as vibrações, os recursos hídricos subterrâneos presentes, a qualidade da água, geomorfologia e geologia, paisagem e ainda património.

Recorde-se que este traçado, considerado o menos prejudicial, já tinha sido anunciado como o mais provável pelo vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), aquando da sessão de esclarecimento realizada na Biblioteca Municipal a 12 de julho.

Artigo disponível, na íntegra, na edição de 31 de agosto de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€