A ABB – Alexandre Barbosa Borges, empresa com as empreitadas do ReCaFe, Escola Sá Couto, entrada Norte de Espinho e Estádio Municipal, pretende indemnizações e revisões orçamentais de obras no valor global de 7,7 milhões de euros. A revelação foi feita hoje [21 de setembro] pelo próprio Município de Espinho e divulgada em vários órgãos de comunicação social nacionais citando a agência Lusa.
A presidente da Câmara Municipal, Maria Manuel Cruz, empurra para o anterior Executivo do Partido Social Democrata (PSD) a responsabilidade de toda a situação.
“É mais um exemplo claro da falta de rigor, acompanhamento e, acima de tudo, planeamento no lançamento de empreitadas que, apressadas por contextos eleitorais, tiveram consequências nefastas para a autarquia e para a vida do concelho”, refere a autarca espinhense à televisão nortenha.
A empresa pede 5,4 milhões de euros à Câmara de indemnização por trabalhos a mais no ReCaFe e no respetivo estacionamento, justificando que “a obra adjudicada em 2017 tinha por base um projeto totalmente desatualizado – por ter sido realizado ainda antes do enterramento da estação e do canal ferroviário”.
Assim, 5,4 milhões serão para “cobrir despesas adicionais”, tais como sondagens geotérmicas, infraestruturas subterrâneas não cadastradas numa quantidade anormal e inesperada, consequentes suspensões e atrasos na empreitada, substituição de materiais construtivos e aquisição de luminárias.
A Câmara Municipal reconhece o atraso da obra do ReCaFe e aponta para a celebração de seis contratos adicionais de trabalhos a mais com a ABB, elevando o custo da empreitada de 12,5 milhões para valores superiores a 15 milhões.
É apontado, também, o valor de 1,2 milhões de euros em acertos na requalificação da Escola Sá Couto, 500 mil euros no ReCaFe, 400 mil na reabilitação viária e paisagística da Entrada Norte de Espinho e 225 mil por trabalhos no estádio municipal.
