Separar e dar nova vida ao plástico (também) se aprende na escola

A turma do 3.º ano da Escola Básica de Guetim tem trabalhado na separação de materiais e no seu reaproveitamento (fotografia: Sara Ferreira)

O Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira está envolvido no projeto Eco Escolas (programa internacional da Foundation for Environmental Education) e tem implementadas algumas iniciativas no âmbito da escola ecológica e da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR) que decorre desde o passado dia 18 de novembro até domingo [26 de novembro]. Trata-se de uma iniciativa europeia que “pretende incentivar vários atores da sociedade a dinamizarem ações no âmbito da prevenção de resíduos durante uma mesma semana do ano em toda a Europa”.

“De pequenino se torce o pepino” e, por isso, nada melhor do que levar as boas práticas até aos seus melhores agentes promotores, as crianças. “Embora o projeto ambiental, em parceria com a LIPOR, esteja já implementado no Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira, é junto das crianças do ensino básico que está voltada a preocupação pela separação dos resíduos, nomeadamente do plástico e do papel”, explica a responsável pelo projeto da Escola Dr. Manuel Laranjeira denominado Economia Circular e Reciclagem, Emília Vieira. A docente aponta a sua escola como um exemplo na separação e reutilização de materiais, trazendo-os para os trabalhos que estão a ser realizados pela Unidade Especial de Ensino, na escola-sede, com os alunos autistas, com necessidades especiais.

“Fazemos um reaproveitamento do papel, dando-lhe uma nova vida, proporcionando aos nossos alunos alguns trabalhos na construção de enfeites para a árvore de Natal ou na elaboração de postais”, dá nota, revelando os trabalhos que estão a ser levados a cabo noutras escolas do agrupamento.

“Trabalhamos com a LIPOR há mais de uma década através de vários projetos, nomeadamente com a separação de lixos. Por isso, estão espalhados pela escola vários recipientes que convidam os alunos a depositar, maioritariamente os plásticos (amarelo) e o papel (azul). Simultaneamente já foram feitos vários workshops com o pessoal não docente para que tentem ajudar neste trabalho de separação de materiais”, explica Emília Vieira, acrescentando que “é importante que a escola incuta nos seus alunos esta problemática ambiental e a necessidade de separação de lixos, pois desta forma eles poderão levar para casa esta ideia, implementando-a, também, ali”.

Tudo o que é feito relativamente à separação e reutilização visa “envolver todos os alunos, desde o primeiro ciclo ao secundário”, mas Emília Vieira sublinha todo o trabalho que tem sido desenvolvido com as crianças do primeiro ciclo que “estão mais abertas a este tipo de participação”. “Nos alunos mais velhos e nas áreas ligadas às artes, há uma preocupação em fazer alguns trabalhos no âmbito do reaproveitamento de materiais e com a perspetiva da proteção ambiental”, destaca.

“É importante perceber que é possível dar outra vida aos materiais e é essa semente que temos de lançar aos mais novos”, evidencia, acrescentando que a escola irá realizar uma ação de sensibilização junto dos delegados de turma “para que façam chegar a nossa mensagem até junto dos seus colegas”, finaliza.

Artigo completo na edição de 23 de novembro de 2023. Assine o jornal que lhe mostra Espinho por dentro por apenas 32,5€.